No final da reunião, marcada para as 09.30 no Palácio da Ajuda, deverá ser o primeiro-ministro, António Costa, a fazer a apresentação das novas medidas.
Questionado sobre as novas medidas para conter os contágios com o novo coronavírus, na terça-feira, António Costa apenas disse que falaria hoje, quinta-feira, o que deverá ocorrer no final da reunião do Conselho de Ministros.
Após a reunião do Infarmed, na semana passada, o primeiro-ministro recebeu, na terça e na quarta-feira, em São Bento, os partidos com assento parlamentar, que no final transmitiram a ideia de que não haverá “restrições significativas”, como afirmou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
O PS, através do secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, apontou o reforço do controlo das fronteiras para mitigar o avanço da pandemia, considerando que a recomendação do teletrabalho como já ocorreu noutros períodos é um instrumento que deve estar disponível.
O líder do PSD, Rui Rio, defendeu que é preciso fazer tudo para proteger a população da evolução da pandemia sem voltar a situações de confinamento ou fecho da economia, rejeitando “medidas mais pesadas” neste momento.
Entre as medidas comunicadas pelos partidos à saída da reunião com o chefe do executivo, o Chega avançou que o Governo deverá impor a apresentação do certificado e de um teste negativo para a entrada em bares, discotecas e grandes eventos.
A restauração deverá ficar de fora desta medida, segundo André Ventura, sendo que, nesses casos, só será exigido o certificado, “independentemente da hora e do dia”.
No que se refere à utilização das máscaras, a porta-voz do PAN transmitiu a “preocupação” do Governo quanto ao uso de máscara em espaços como “estádios de futebol, concertos e discotecas”, tendo o Chega acrescentado que o executivo “está inclinado” para tornar a máscara obrigatória “dentro de espaços” e recomendar a sua utilização no exterior.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que “seria falhar ao essencial” se o Governo apenas anunciasse medidas de responsabilidade individual para combater a pandemia e não avançasse com o reforço urgente de profissionais no Serviço Nacional de Saúde.
Já o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, avançou que o Governo se comprometeu a priorizar até ao Natal a vacinação com a terceira dose para os mais idosos, não tendo, até ao momento, “nada planeado” em relação às crianças.
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