"É uma situação inacreditável, impensável e inaceitável e que tem de seguir a sua tramitação”, sublinhou, hoje, o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia à margem da apresentação da aplicação ‘Anda', no Porto.

Nicol Quinayas, de 21 anos, nascida em Portugal, mas de ascendência colombiana, alega ter sido violentamente agredida e insultada na madrugada de domingo, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

“O ‘feedback’ que eu e o presidente da Câmara do Porto tivemos do Conselho de Administração [da STCP] é que do ponto de vista jurídico, tudo está a ser tratado", assinalou Vítor Rodrigues.

Para o autarca, mais importante do que "tratar das consequências disciplinares e legais" é "acompanhar e tratar da vítima", mas também "reforçar a segurança pública".

"Há uma proliferação de segurança privada em tudo quanto é sítio, em muitos momentos é excessivo o papel das empresas de segurança. É preciso reforçar, isso sim, a segurança pública, a PSP e GNR, porque a probabilidade de acontecerem coisas destas são bem menores", acrescentou.

O Ministério Público já abriu um inquérito para investigar o caso da jovem agredida no domingo.

Também a Inspeção Geral da Administração Interna abriu um processo para esclarecer junto da PSP o caso e, numa nota enviada às redações, o Ministério da Administração Interna (MAI) diz que o ministro Eduardo Cabrita "não tolerará fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo

A empresa de segurança privada 2045 revelou quarta-feira ter iniciado um processo de averiguações interno e hoje indicou que o segurança da empresa que alegadamente agrediu a jovem já "não está ao serviço da STCP".