Em comunicado, o município refere que a inclusão do projeto na última revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) possibilitou alocar 100 milhões de euros ao BRT de Braga, um valor que corresponde a 66,6% do orçamento do projeto.
Aquele valor financiará a construção de duas das quatro linhas do BRT, numa extensão de 12,2 quilómetros.
Uma das linhas ligará o Minho Center à Estação de Caminhos de Ferro e a outra a Universidade do Minho e o hospital.
Posteriormente, prevê-se que o projeto se expanda para outras duas linhas, numa extensão total de 22,5 quilómetros.
O investimento total ascende a 150 milhões de euros.
Segundo o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, o município está “fortemente empenhado” na transição da mobilidade urbana, no sentido de assegurar a sustentabilidade ambiental no concelho e contribuir para esse objetivo a nível nacional.
“O sistema BRT, pela sua modernidade, fiabilidade, frequência e rapidez de circulação, vai garantir maior atratividade, sobretudo na malha urbana, onde serve a maior parte da população”, referiu.
O projeto já conheceu várias etapas, como o Estudo Preliminar de Apoio à Decisão (em abril de 2021), a recolha dos dados da rede móvel (fevereiro de 2022), o estudo de procura para a Implementação do BRT (novembro de 2022), a contagem de tráfego em 49 cruzamentos, (dezembro de 2022) e o estudo de inserção urbana (entre 2023 e 2024).
Como próximos passos, Ricardo Rio adiantou que vai agora ser lançado o concurso para o estudo prévio, a que se seguirá o projeto de conceção e implementação, que terá a duração prevista de cerca de seis meses, arrancando depois a construção.
Para Ricardo Rio, o BRT “é a solução mais económica, atrativa e de rápida implementação” e tem uma “forte componente de regeneração urbana, uma vez que Braga foi projetada com verdadeiras autoestradas urbanas”, com trânsito de concelhos limítrofes que atravessam a cidade.
“Um dos grandes desafios da implementação do BRT é a humanização desses espaços, ou seja, vamos utilizar este projeto para abrandar o trânsito, criar condições de circulação para peões e para modos suaves de mobilidade, suprimir os atravessamentos em túnel e viaduto e criar zonas de atravessamento mais seguras e acessíveis”, disse ainda.
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