Durante a noite continuaram os ataques na Faixa de Gaza, com foguetes do exército israelita a iluminarem o céu a norte do enclave.

Até agora, desde o início da resposta israelita ao ataque lançado no sábado pelo Hamas, “cerca de seis mil bombas foram lançadas sobre a Faixa de Gaza, pesando um total de quatro mil toneladas de explosivos”, que mataram “centenas de terroristas”, acrescentou o exército israelita em comunicado.

No balanço mais recente, pelo Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana, o número de mortos na Faixa de Gaza é de 1417, sendo que entre estes estão 447 crianças e 248 mulheres.

No terreno, os hospitais de Gaza correm o risco de se transformarem em morgues devido à falta de energia eléctrica, alertou o Comité Internacional da Cruz Vermelha. A única central eléctrica deixou de funcionar devido à falta de combustível. Isto significa que a Faixa de Gaza - incluindo os hospitais - está a depender de geradores, que por sua vez necessitam de novos abastecimentos de combustível.

Entretanto, a ONU também já lançou o alerta que os alimentos podem acabar dentro de uma semana, acrescentando que armazenamento da organização na região também está a chegar ao fim.

Hoje, em visita a Israel, o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, prometeu que o seu país estará sempre ao lado de Israel, defendendo que as "aspirações legítimas" dos palestinianos não são representadas pelo movimento islâmico Hamas.

Na mesma conferência de imprensa, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu "esmagar" o Hamas, instando o mundo a tratar os islamitas do movimento palestiniano da mesma forma que os do grupo Estado Islâmico.

“Tal como o Estado Islâmico foi esmagado, o Hamas será esmagado. E o Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma que o Estado Islâmico”, declarou Netanyahu.

Para além disto, hoje foi dia de vários países anunciarem como vão ajudar no conflito.

A Alemanha, que anunciou hoje a proibição de atividades do movimento islamita Hamas, vai permitir que Israel use dois drones Heron, que a força aérea alemã tem em uso no país, disse o ministro da Defesa, Boris Pistorius.

O Reino Unido e os EUA prestam ajuda a Israel na forma de navios de guerra, helicópteros e porta-aviões.

Nas hostes portuguesas, chegou ao fim a missão de repatriamento. No Aeródromo de Figo Maduro, esta manhã, aterraram as últimas 22 pessoas (oito portugueses e 14 cidadãos estrangeiros) que desde ontem estavam em Chipre. Desta forma, "todos os cidadãos nacionais que sinalizaram às autoridades portuguesas a intenção de voltar, já estão em Portugal", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"A missão de repatriamento teve ainda capacidade para responder ao apelo de vários parceiros internacionais, com o transporte de cerca de quatro dezenas estrangeiros, alguns dos quais ficaram em Larnaca para daí regressarem ao seu país de origem", refere o comunicado do MNE.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 7 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de ‘rockets’ e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.