Num comunicado, o Chega considera que o acordo alcançado em Glasgow “volta a ser, como já vem sendo hábito, um enumerado de boas intenções impossíveis de colocar em prática”, num quadro em que “não há como negar as alterações climáticas”.
“Por isso mesmo, é de lamentar que a Cimeira do Clima tenha terminado sem compromissos sérios assentes em estratégias perfeitamente delineadas com a realidade económica e financeira dos países e dos cidadãos”, refere em comunicado do partido liderado por André Ventura.
Precisando que a sustentabilidade das economias mundiais “não deve, jamais” ser encarada como “inimiga da sustentabilidade ambiental”, o Chega acentua que o combate às alterações climáticas, é “um assunto sério” que exige responsabilidade ambiental e social.
“Este combate não pode ser transformado numa guerra às pessoas e à sua forma de viver em sociedade”, mas num caminho a “percorrer em paralelo” em que famílias e economias “não sejam altamente penalizadas, mas antes ajudadas a transformar hábitos e a encontrar soluções sustentáveis”, é ainda referido.
A 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) adotou formalmente uma declaração final com uma alteração de última hora proposta pela Índia que suaviza o apelo ao fim do uso de carvão.
A alteração foi proposta pelo ministro do Ambiente indiano, Bhupender Yadav, que no plenário de encerramento da COP26 pediu para mudar a formulação de um parágrafo em que se defendia o fim progressivo do uso de carvão para produção de energia sem medidas de redução de emissões.
A proposta acabou por ser aprovada pelo presidente da cimeira, Alok Sharma, que afirmou de voz embargada "lamentar profundamente a forma com este processo decorreu".
O documento final aprovado, que ficará conhecido como Pacto Climático de Glasgow, preserva a ambição do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de conter o aumento da temperatura global em 1,5ºC (graus celsius) acima dos níveis médios da era pré-industrial.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comentou o acordo alcançado em Glasgow, alertando que apesar de “passos em frente que são bem-vindos, a catástrofe climática continua a bater à porta”.
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