Intervindo no plenário da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) em Glasgow, John Kerry defendeu o projeto de texto final da cimeira que está em discussão, considerando positiva a alteração entretanto posta à discussão sobre “acelerar o fim do carvão e dos subsídios a combustíveis fósseis” para “acelerar a eliminação do carvão sem sistemas de captura de carbono” e o fim dos “subsídios ineficientes a combustíveis fósseis”.
Continuar a dar biliões de dólares para subsidiar a produção de energia a partir de combustíveis fósseis é “a definição de loucura”, declarou.
“Somos o maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Nós damos esses subsídios e eles têm que acabar”, defendeu.
John Kerry defendeu que os países desenvolvidos têm “maior responsabilidade” para mitigar os efeitos das alterações climáticas e defendeu que no texto final deve estabelecer-se um aumento do financiamento climático destinado aos países mais pobres para se adaptarem a eles.
Dirigindo-se aos delegados dos países mais vulneráveis, destacou que o “risco existencial” colocado pelas alterações climáticas é um problema de hoje, não só do futuro.
A COP26 tem fim marcado para as 18:00 de hoje, mas ainda não foi alcançado acordo sobre pontos essenciais da declaração final, como o estabelecimento de um mercado global de emissões, revisão dos compromissos nacionais, financiamento climático para adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas ou mecanismo de compensação por perdas e danos sofridos pelos países mais vulneráveis.
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