“Se Glasgow falhar, tudo falha”, disse o líder britânico numa conferência de imprensa no final da cimeira do G20 em Roma, onde líderes das principais economias mundiais se comprometeram a limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos valores médios da era pré-industrial.
Johnson considerou terem sido conseguidos “avanços razoáveis no G20”, mas “não são suficientes”, adiantou, calculando em seis em 10 as hipóteses de sucesso da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) que começou hoje e vai decorrer até 12 de novembro em Glasgow, Escócia.
O chefe do governo britânico lamentou que “apenas 12 membros do G20” se tenham comprometido a “alcançar emissões zero em 2050 ou antes” e que cerca de metade do grupo não tenha apresentado “melhores planos sobre como as emissões de carbono serão combatidas”, como prometeram em 2015.
“As probabilidades de sucesso em Glasgow (…) dependem da vontade e coragem de todos”, insistiu.
“Se não agirmos agora, o Acordo de Paris”, concluído em 2015 e que fixou o objetivo de limitar o aquecimento abaixo dos 2ºC em relação à era pré-industrial, se possível abaixo dos 1,5ºC, “será visto no futuro não como o momento em que a humanidade abriu os olhos para o problema, mas como o momento em que nos esquivámos e fizemos marcha atrás”, disse ainda.
Boris Johnson disse que “não há desculpas para a procrastinação”, assinalando que o mundo já viu “a devastação das alterações climáticas nas ondas de calor e secas, incêndios florestais e furacões”.
Após a sua cimeira em Roma, os líderes do G20 partiam diretamente para Glasgow para participar na COP26, uma reunião considerada crucial para o futuro da humanidade.
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