Segundo o jornal oficial China Daily, o preço das casas em Dandong aumentou 60% nas últimas semanas, depois de o líder norte-coreano Kim Jong-un ter visitado Pequim e reunido com o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.

Já o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, assegura que, em alguns casos, o preço duplicou, desde 3.000 yuan (390 euros), por metro quadrado, para 6.000 yuan.

Houve mesmo casas cujo valor subiu 10% num só dia, informou o mesmo jornal.

As agências imobiliárias locais estão a aproveitar o rumor de que uma possível abertura da Coreia do Norte poderá converter Dandong num novo polo económico.

Por aquela cidade passa cerca de 80% do comércio entre a China e a Coreia do Norte, mas é também a apenas 100 quilómetros dali que Pyongyang efetuou, no ano passado, três testes nucleares, na região de Punggye-ri, causando apreensão entre os residentes de Dandong.

Segundo constatou a agência Lusa, a hipótese de um desastre nuclear passou então a ser tema frequente de conversa naquela cidade de 800.000 habitantes, à medida que as tensões na península coreana atingiram níveis inéditos desde a Guerra da Coreia (1950-53).

Desde o início deste ano, no entanto, o regime de Pyongyang alterou radicalmente a sua postura, afirmando estar disposto a abdicar do programa nuclear e aceitando dialogar com Seul e Washington, enquanto recuperou a antiga aliança com a China.

Segundo Liu Chao, especialista nas relações entre a China e a Coreia do Norte citado pelo China Daily, “o preço das casas em Dandong sempre refletiu o momento dos laços entre os dois países” e “não é a primeira vez que ocorrem variações dramáticas no mercado imobiliário da cidade”.

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