A irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un, criticou nesta sexta-feira a oferta de ajuda económica feita por Seul em troca da desnuclearização do país ao classificar a proposta de "cúmulo do absurdo", e descartou a possibilidade de negociações presenciais.

A reação de Kim Yo Jong refere-se ao plano apresentado nesta semana pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em oferecer comida, energia e infraestrutura ao Norte se o mesmo abandonar o programa de armas nucleares.

Os analistas já tinham antecipado que as hipóteses de obter sucesso pela proposta eram reduzidas, uma vez que Pyongyang investe grande parte da sua riqueza no programa militar e deixou claro repetidas vezes que não aceita negociações nesse campo.

A irmã de Kim Jong Un, advertiu que a premissa de que o Norte negociará sobre o seu programa nuclear é falsa. "Ao pensar que o plano de trocar 'cooperação económica' pela nossa honra, pelas nossas armas nucleares, é o grande sonho, a esperança e o plano de Yoon, percebemos que ele é realmente simples e ainda infantil", declarou em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.

A Coreia do Norte implementou um número recorde de testes de armas neste ano, incluindo o lançamento de um míssil balístico intercontinental. Estados Unidos e Coreia do Sul alertaram que Pyongyang prepara o sétimo teste nuclear de sua história.