De acordo com a agência France-Presse (AFP), os 7.000 passageiros que estavam retidos a bordo de um navio da companhia de cruzeiros Costa Cruzeiros no porto de Civitavecchia, uma cidade costeira nas imediações da capital italiana, foram autorizados a desembarcar assim que foram levantadas as suspeitas de contágio do novo coronavírus.

Os testes médicos preliminares realizados ao casal chinês tinham dado negativo à presença da infeção vírica, divulgou o Ministério da Saúde italiano.

Durante hoje à tarde, informações não confirmadas avançaram que cerca de 1.100 passageiros tinham, entretanto, desembarcado.

O presidente da câmara daquela cidade costeira opôs-se de forma veemente ao desembarque das pessoas.

“Tenho de proteger a saúde dos meus concidadãos. Neste momento, apenas a bagagem será retirada do navio, não os passageiros. Ainda estamos à espera dos resultados dos testes do Hospital Spallanzani", afirmou o autarca de Civitavecchia, Ernesto Tedesco.

O novo coronavírus (2019-nCoV) foi detetado pela primeira vez na cidade de Wuhan, na província de Hubei (centro da China), no fim do ano.

O mais recente balanço das autoridades chinesas dá conta de 170 mortos, todos verificados na China, e mais de 7.700 pessoas infetadas.

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos), Finlândia, Índia, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.

Vários países acionaram nos últimos dias planos para retirar os respetivos cidadãos que tivessem manifestado vontade de sair do território chinês.

Um grupo de 17 portugueses, que se encontram em Wuhan, cidade atualmente isolada e em quarentena, vai ser retirado na sexta-feira, disse hoje um deles à agência Lusa.

O avião, que vai fazer o repatriamento dos cidadãos portugueses e de outros europeus desde aquela cidade, saiu hoje de manhã do aeroporto de Beja.