O surto do coronavírus na China tinha, até à data, infetado no país 7.736 pessoas e morto 170. O anterior balanço apontava para 7.736 pessoas infetadas e 170 mortos.

Esse novo balanço sugere que o registo diário de mortos cresce continuamente apesar das medidas de segurança adotadas por toda a região de Hubei há uma semana.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje o surto uma emergência de saúde pública internacional.

Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Para a declarar, a OMS considera três critérios: uma situação extraordinária, risco de rápida expansão para outros países e resposta internacional coordenada.

A decisão é conhecida depois de o Comité de Emergência da OMS se ter reunido hoje novamente, depois de há uma semana ter considerado prematura a emergência internacional.

A cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, está isolada do mundo desde há uma semana, como a quase totalidade da província de Hubei, onde vivem 56 milhões de pessoas, impedidas de deixar a região.

Os Estados Unidos e o Japão retiraram na quarta-feira parte dos seus concidadãos de Wuhan. Portugal vai igualmente repatriar cidadãos da mesma cidade chinesa, juntamente com outros países europeus.

Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral).

A Rússia anunciou hoje a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.

Outros 82 casos de infeção foram reportados por 18 países da Ásia, Europa, Médio Oriente, América do Norte e Oceânia, sete dos quais assintomáticos. Um primeiro caso foi reportado na Índia.

O surto começou em dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.

[Notícia atualizada às 00h58 de 31 de janeiro]