O voo, que partiu na quinta-feira de Portugal rumo a Paris, e de onde deveria ter saído hoje rumo a Hanói e depois a Wuhan, no centro da China, para resgatar cidadãos europeus, incluindo os 17 portugueses, aguarda autorização das autoridades chinesas para partir.

Os portugueses retidos em Wuhan foram notificados de que o voo a partir do qual estava planeado serem retirados hoje à noite foi adiado para sábado.

Em declarações à Antena 1, Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, referiu que o avião que deveria ter partido quinta-feira de Wuhan ainda nem saiu de Paris e foi dada ordem aos portugueses na cidade chinesa para ficarem em casa.

“Esta é uma operação complexa no quadro da concertação europeia e depois há outra coordenação ainda mais complexa, com as autoridades chinesas. Estando a cidade [de Wuhan] de quarentena, estes cidadãos só podem sair com autorização das autoridades de saúde pública e administrativas da China. Essa autorização ainda está em curso e só com essa autorização é que nós podemos dar a operação como bem-sucedida e respirar de alívio”, adiantou o ministro.

O coronavírus, detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), já provocou a morte de pelo menos 213 pessoas e infetou 9.692.

Um estudo genético, conduzido por cientistas chineses, confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

Um estudo genético, conduzido por cientistas chineses, confirmou que o novo coronavírus com origem na China terá sido transmitido aos humanos através de um animal selvagem, ainda desconhecido, que foi infetado por morcegos.

A OMS declarou emergência de saúde pública internacional o surto do novo coronavírus na China, que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e que exija resposta internacional coordenada.

Esta é a sexta vez que aquela organização declara emergência de saúde pública internacional.

A OMS opôs-se à restrição de viagens, apesar de o surto do novo coronavírus na China ser uma emergência de saúde pública internacional. Não obstante, o Governo italiano suspendeu todos os voos provenientes ou com destino à China depois de confirmados dois casos no país do novo coronavírus.