“Lamento muito pelo que aconteceu”, afirmou o ministro dos Transportes, Kipchumba Murkomen, num comunicado divulgado perto da meia-noite passada. “Não há uma justificação que possa apresentar e não há uma razão para o nosso aeroporto estar às escuras”, acrescentou.
Esta mais recente interrupção no fornecimento de energia – o último corte de energia nacional tinha ocorrido em maio — está a afetar grande parte do país, incluindo os principais hospitais e o complexo do gabinete do Presidente, e ocorre poucas semanas antes de o Governo do Quénia acolher a primeira Cimeira do Clima em África, onde a energia será fundamental na agenda.
O Quénia obtém quase toda a sua energia a partir de fontes renováveis, mas as infraestruturas e a alegada má gestão continuam a ser um problema naquele país de mais de 50 milhões de habitantes.
A fornecedora de energia Kenya Power, de capitais maioritariamente públicos, informou num breve comunicado que uma “perturbação do sistema levou à perda do fornecimento de energia em massa” em partes do país um pouco antes das 22:00 de sexta-feira (20:00 em Lisboa).
Pouco depois da meia-noite, a empresa informou que a energia tinha sido reposta na região do Monte Quénia, um reduto político de longa data, e acrescentou que os relatórios iniciais indicavam uma falha numa central de produção.
Já por volta das 03:00 desta madrugada, a Kenya Power disse que a energia foi restaurada no aeroporto internacional de Nairobi e noutras “áreas críticas” na região da capital.
No entanto, horas depois deste anúncio, três dos maiores hospitais de Nairobi, assim como fonte do gabinete do Presidente William Ruto, avançaram à Associated Press que ainda estavam a utilizar geradores.
Num país onde o turismo é uma parte importante da economia, os passageiros retidos no aeroporto rapidamente publicaram nas redes sociais imagens daquela infraestrutura às escuras.
Segundo a Autoridade Aeroportuária do Quénia, um gerador que serve o terminal principal não arrancou após o corte de energia nacional.
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