António Costa apresentou os cálculos sobre o impacto orçamental das propostas do PSD, CDS, Bloco de Esquerda, PCP e PEV na abertura formal das Jornadas Parlamentares do PS, em Portimão.
"Sabemos bem que, em ano eleitoral, os partidos da oposição, ou mesmo os que não sendo da oposição não estão no Governo, sentem a tentação de apresentar propostas para eleitor ver. Este ano batemos quase o recorde de propostas apresentadas, mais de 900", começou por apontar.
De acordo com o líder socialista, caso se somem as propostas apresentadas por todos os partidos, com exceção do PS, entre diminuição da receita e aumento da despesa, tal daria lugar a "uma tragédia orçamental de 5,7 mil milhões de euros".
"Só estas propostas significariam agravar o défice em 2,85%, o que colocaria Portugal em clara violação das normas europeias e reporia de novo o país no Procedimento por Défice Excessivo. Era o que faltava que este ano, lá por ser ano de eleições, deitássemos a perder tudo o que tanto trabalho nos deu ao longo destes três anos", sustentou.
Fazendo as suas contas ao impacto orçamental das propostas apresentadas pelos diferentes partidos, António Costa identificou "como campeões do despesismo orçamental, não o Bloco de Esquerda, o PCP ou o PEV, mas o CDS-PP".
"O campeão do despesismo orçamental é o CDS-PP, mas quem tem a medalha de prata é o PPD-PSD. É caso para dizer: Quem tudo cortou a todos durante quatro anos, quer agora neste ano eleitoral prometer tudo a todos, como se tal fosse possível", concluiu.
Pelos dados hoje apresentados pelo PS, o CDS-PP apresentou propostas de alteração ao Orçamento com um impacto de 2,628 mil milhões de euros, seguindo-se o PSD com 1,858 mil milhões de euros, o PCP com 1,698 mil milhões, o Bloco de Esquerda com 1,308 mil milhões e o PEV com 273 milhões de euros.
Num apelo à bancada do PS, António Costa declarou: "É essencial assegurarmos que a proposta de Orçamento já aprovada na generalidade não é desvirtuada, tornando-se um mau Orçamento".
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