Na Conferência Socialista, que hoje decorreu em Coimbra, no Convento São Francisco, o antigo ministro socialista - considerado o pai do Serviço Nacional de Saúde -, salientou que o atual Governo conseguiu travar essa desconstrução através de medidas de recuperação que já tomou e vai tomar.

"A esperança é um elemento essencial de qualquer socialista que quer transformar um mundo selvagem em humano", sublinhou o advogado de Coimbra, que discursou antes da intervenção de António Costa, que encerrou a ‘reentré' socialista.

Para António Arnaut, o primeiro-ministro é "portador dessa esperança que nos encoraja perante as dificuldades".

"O sorriso com que António Costa responde a todas as questões sobre o país é um sinal de otimismo e de que acredita no que está a dizer", disse.

Salientando que a dívida do país tem de ser paga, o presidente honorário do PS referiu que existem também credores internos, que são os cidadãos que foram sujeitos a um empobrecimento geral, a quem é preciso pagar.

"Quando negociarmos em Bruxelas temos de dizer que existem dívidas internas, porque o Governo tirou aos cidadãos que passaram sacrifícios e fome", enfatizou António Arnaut.

Dirigindo-se a António Costa a propósito do SNS, o advogado propôs que o Governo estude a criação de uma carreira facultativa que permita aos médicos dedicarem-se exclusivamente ao setor público, considerando que os profissionais e os doentes ficariam a ganhar.