“Estamos quase a eleger a Ana Martins [número dois da lista da IL às eleições europeias]. Quase, está quase Ana”, atirou, de forma entusiástica, o candidato liberal durante um comício em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
E acrescentou: “Amanhã [quinta-feira] saem sondagens, vamos ver o que é que nos dizem”.
Perante uma sala cheia, Cotrim de Figueiredo disse acreditar num “grande resultado” no domingo porque a “onda liberal” está a crescer dia após dia.
E é por esse crescimento da Iniciativa Liberal, segundo o cabeça de lista, que o BE “está com tanto medo” e “mandou Francisco Louça” para o atacar, depois de bloquista e liberal terem trocado acusações ao longo do dia de hoje.
Cotrim de Figueiredo acusou Francisco Louçã de ser “especialista em política suja”, depois de o bloquista ter criticado a escolha do livro que "ofereceu" a Catarina Martins, e na resposta, o antigo líder do BE condenou o "estilo galifão" do candidato liberal.
“Francisco Louçã vais ficar a falar sozinho, já estamos noutro campeonato”, afirmou, sem querer tecer mais comentários.
As críticas de Cotrim de Figueiredo, que esta noite se mostrou mais confiante, não se ficaram pelo BE, apontando ainda a mira à AD, PS e Chega.
Criticando-os por não terem uma visão para a Europa, o candidato a eurodeputado considerou que o PS, cuja candidatura é liderada por Marta Temido, é “um autêntico deserto de ideias”.
E, nessa sequência, lançou um desafio aos presentes: “Digam-me uma ideia para a Europa de Marta Temido, basta apenas uma?”.
Perante o silêncio, Cotrim de Figueiredo salientou que ninguém conseguiu apontar uma ideia porque ela não existe, não sendo de admirar que “a tenham feito fugir dos debates”.
Quanto à AD e a Sebastião Bugalho, o candidato a eurodeputado referiu apenas ter “saudades da assertividade e lucidez de um determinado comentador que tem o mesmo nome do atual candidato, mas que não tem os mesmos atributos”, crítica essa que tem sido recorrente ao longo da campanha oficial.
O rol de críticas ao Chega é mais numeroso apontando-lhe, designadamente a Tânger-Corrêa, a impreparação, a descoordenação dentro da campanha e as teorias da conspiração.
“O Chega acharia António Costa um bom presidente do Conselho Europeu. Nós não achamos porque quem não sabe reformar Portugal não vai saber reformar a Europa”, frisou.
Motivo pelo qual, Cotrim de Figueiredo reforçou o apelo direto aos eleitores que zangados ou desiludidos têm escolhido votar no Chega.
“Eu entendo as razões para esse protesto e até para essa zanga com o sistema que parece não funcionar a vosso favor, mas protestar por protestar não resolve nada, o que resolve é votar na IL”, concluiu.
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