“Estão a privilegiar a nacionalidade em relação à utilidade. Acho que é paroquial, desculpe que lhe diga, quando a nacionalidade das pessoas conta mais do que as suas ideias. Podemos ter uma pessoa com ideias absolutamente inaceitáveis e só porque é do nosso país ser apoiada. Não faz sentido”, disse João Cotrim de Figueiredo no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
O antigo presidente da Iniciativa Liberal considerou que o ex-primeiro-ministro António Costa “não gosta de mudança”, por isso, “não serve ao projeto europeu”.
A proximidade entre o Presidente francês, também um liberal, e António Costa, é conhecida, quem em várias ocasiões enalteceu as capacidades de diálogo do ex-primeiro-ministro português.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, já demonstrou apoio a António Costa, se o ex-secretário-geral socialista avançar. Alemanha e França costumam estar concertados nesta decisão, pelo que é expectável um endosso de Emmanuel Macron.
Mas João Cotrim de Figueiredo pediu que todos os liberais sejam “suficientemente coerentes” e rejeitassem uma pessoa que “não tem uma postura liberal sobre o futuro da Europa”.
“Tinha muita pena se os outros liberais não pensassem dessa forma”, reconheceu, acrescentando que vai tentar influenciar a decisão do Renovar a Europa, grupo político liberal, nesse sentido.
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