Ao contrário do líder social-democrata, Rui Rio, que “abriu a porta” a um possível entendimento com o PS, João Cotrim de Figueiredo deixou claro, naquele que é o último dia de campanha para as legislativas, que com a IL isso não acontecerá.
“O voto que nos confiarem não viabilizará uma solução socialista e a abertura do PSD é mais um exemplo do que temos vindo a dizer, que o PSD sem nós fica demasiado parecido com o PS”, sublinhou.
Cotrim de Figueiredo, que esta manhã percorreu a pé cerca de quatro quilómetros entre o Museu do Carro Elétrico e o Passeio Alegre, no Porto, disse que os partidos que têm ideologias “particularmente antigas” já provaram que não funcionam.
Por isso, seria “uma bofetada de luva branca fantástica” que os eleitores dariam a esses partidos se pusessem uma “força moderna, muito democrática e muito reformista” em terceiro lugar.
“O terceiro lugar não foi um objetivo que tínhamos fixado à partida, mas tendo agora oportunidade acho que seria um excelente voto de louvor que o eleitorado português daria a essas forças do passado”, reforçou.
Para Cotrim de Figueiredo isso seria uma “lição de democracia, de arejamento e modernidade” e uma forma dos portugueses mostrarem que querem realmente alterar o sistema partidário.
Os portugueses têm de ter “muitíssimo mais espaço e autonomia para mostrar tudo o que são capazes de fazer” e o que está a impedir que isso aconteça é “este regime estatizante, coletivista e limitador das liberdades e das oportunidades”, considerou.
Reforçando o apelo ao voto, o liberal ressalvou que a IL tem sido ao longo de toda a campanha o “partido mais consistente e coerente” porque não mudou de objetivos, de estratégia e de aliança.
“E, portanto, as pessoas sabem que podem contar com a Iniciativa Liberal quando nos confiam o voto, sabem exatamente o que vamos fazer com ele”, reafirmou.
Comentários