“Temos muitos estabelecimentos já encerrados. […] É uma situação de emergência”, alertou Ana Jacinto.

Segundo a AHRESP, algumas das empresas encerraram por iniciativa própria, como medida de prevenção do contágio da Covid-19, e outras porque não têm clientes.

Por este motivo, aquela dirigente defendeu que devem ser encontradas soluções “urgentes, eficazes e ágeis”, sob pena de “as empresas encerrarem e não reabrirem”.

Destacando o caso das discotecas e similares, cujo encerramento foi uma das medidas de prevenção do contágio pelo novo coronavírus apresentadas esta madrugada, a AHRESP aplaude a iniciativa, que considera responsável, mas observa que estas empresas têm de continuar a pagar aos trabalhadores, às empresas de segurança privada e aos senhorios, entre outros encargos.

Esta associação tem já agendada para segunda-feira uma reunião com o ministro de Economia, pedida com caráter de urgência, para que possam “tomar decisões em conjunto”, adiantou Ana Jacinto.

“[O Governo deve tomar] decisões em conjunto com o setor, porque nós é que ouvimos os empresários todos os dias (…) e há ideias e sugestões dos nossos associados que devem ser equacionadas”, acrescentou.

Sublinhando que a AHRESP não está a pôr de parte nenhuma das medidas anunciadas esta madrugada pelo executivo, Ana Jacinto esclareceu que a ideia passa por poderem, em conjunto, melhorá-las e torná-las mais eficazes para o setor.

“Encontrar linhas de apoio à tesouraria, com a banca pelo meio, com os entraves que isto provoca, com o tecido empresarial que temos, ‘lay-offs’ que ainda não estão estruturados, isto não vai ajudar”, defendeu.

O Governo anunciou hoje uma linha de crédito no valor de 60 milhões de euros destinada a microempresas do setor do turismo, apontado como um dos mais afetados pelo novo coronavírus.

Depois de já ter anunciado uma linha de crédito de apoio à tesouraria das empresas de 200 milhões de euros, o executivo avançou com um específico para as microempresas do setor do turismo, afetadas pela queda das reservas e cancelamento tanto para as férias da Páscoa como para o verão.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde declarou a doença Covid-19 como uma pandemia e na quinta-feira à noite o Governo português declarou estado de alerta.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

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