O novo critério foi estabelecido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, somando-se aos sintomas ou ao percurso e contactos pessoais do doente ou suspeito, disse em conferência de imprensa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, lembrando que há focos de infeção relevantes fora da China, onde começou a epidemia, como Itália, Japão, Coreia do Sul, Singapura e Irão.
"Qualquer foco de infeção fora da China é motivo de preocupação", assumiu Graças Freitas, num balanço aos jornalistas sobre a infeção pelo Covid-19.
A diretora-geral da Saúde disse "acompanhar o pensamento" do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), que hoje alertou para a eventualidade de uma pandemia, mas ressalvou que as medidas são equacionadas em função dos riscos, que, no caso de uma epidemia, são mutáveis.
"Adequamos a proporcionalidade das medidas ao risco", vincou.
O surto do Covid-19, que começou na China, já infetou mais de 79.000 pessoas em todo o mundo, de acordo com os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.
O número de mortos devido ao novo coronavírus subiu para 2.592 na China continental, que contabilizou mais de 75 mil infetados, quase todos na província de Hubei, epicentro da epidemia.
Além das vítimas mortais na China continental, já houve também mortos no Irão, Japão, na região chinesa de Hong Kong, Coreia do Sul, Filipinas, Estados Unidos e Taiwan. Na Europa, os países mais afetados são a Itália e a França.
Em Portugal já houve 14 casos suspeitos, que resultaram negativos após análises.
Há um português infetado que trabalha num navio de cruzeiros que se encontra de quarentena no porto de Yokohama, no Japão, e que será transferido hoje de madrugada (hora em Lisboa) para um hospital de referência japonês.
A OMS declarou o surto do Covid-19, família de vírus que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, como emergência de saúde pública internacional devido ao risco de propagação à escala global.
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