No final da reunião, em que a inclusão dos bombeiros nos grupos prioritários no programa de vacinação contra a covid-19 foi um dos temas em cima da mesa, Jaime Marta Soares disse à agência Lusa que a questão ficou esclarecida.
“Penso que no primeiro período possam ser vacinados cerca de 12.500 bombeiros. Essa é uma perspetiva que está devidamente esclarecida, mas que passará também pela quantidade de vacinas que o país possa importar”, referiu.
Depois de apresentada a primeira versão do Plano de Vacinação Covid-19, em que são definidos os grupos prioritários para as primeiras fases, a LBP lamentou que os bombeiros “não sejam citados expressamente” no grupo dos profissionais de serviços críticos.
Na altura, a Liga afirmou que o plano parecia “esquecer quem tem estado ao longo do país na primeira linha da resposta à pandemia com esforço e riscos acrescidos associados”.
A dúvida ficou agora esclarecida e a expectativa que o Governo transmitiu, segundo Jaime Marta Soares, é a de que entre janeiro e março (o período em que deverá decorrer a primeira fase) sejam vacinados 12.500, dos mais de 30 mil bombeiros existentes em Portugal.
Durante a reunião com a secretária de Estado Patrícia Gaspar, o presidente da LBP questionou também o Governo sobre o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) e o motivo para terem de deixado de ser enviados às corporações, e também daí saiu uma promessa.
“Fomos informados de alguns [EPI] vão ser distribuídos, mas continuam a estar muto aquém das necessidades e dos gastos que efetivamente temos nessa matéria”, sublinhou.
Fazendo um balanço geral da reunião, Jaime Marta Soares considerou que o encontro foi positivo e permitiu “abrir algumas janelas de negociações e de concertação bastante importantes”.
Sobre a situação financeira das corporações de bombeiros, para a qual já tinham alertado, o presidente da Liga notou disponibilidade por parte da tutela para resolver os problemas, mas sublinha que o assunto está dependente das Finanças.
Depois desta primeira reunião, segue-se um processo que Jaime Marta Soares admitiu ser longo para definir um conjunto de reformas concretas a apresentar ao executivo, um trabalho que começa a ser desenvolvido em janeiro.
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