De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, o país sul-americano totaliza um acumulado de 13.482.023 pessoas infetadas pela doença, desde o início da pandemia.

O número de novos casos e de mortes registados hoje é o mais baixo da última semana. Mas os responsáveis da saúde reiteraram, tal como já tinham dito em relação à diminuição verificada no sábado, que estes são normalmente mais baixos aos fins de semana, devido a uma redução de pessoas de serviço no registo de dados.

No sábado tinham sido anunciados 71.832 novos casos de infeção e 2.616 mortes por covid-19.

O número médio de infeções diárias nos últimos sete dias aumentou para 71.010, após uma média de 64.324 registada no domingo passado, e próximo da média diária máxima atingida no Brasil em 27 de março (77.129 casos) deste ano.

O mesmo não aconteceu com o número médio de mortes, que, após ter caído para 2.747 mortes por dia há uma semana, atingiu agora 3.101 vítimas, próximo da média diária máxima a que o país chegou em 01 de abril (3.117 mortes).

Os dados do balanço mostram que a taxa de mortalidade aumentou numa semana de 157,7 para 168 por 100.000 habitantes e, no mesmo período, a incidência passou de 6.179 para 6.415 por 100.000 habitantes.

O Brasil, com os seus mais de 210 milhões de habitantes, está a atravessar a pior fase da pandemia desde que o coronavírus chegou ao país, há pouco mais de um ano, e continua a ser a segunda nação do mundo com o maior número de mortes e infeções por Covid-19.

Além do agravamento da crise pandémica, o processo de vacinação no Brasil está a ser lento, devido à falta de doses disponíveis.

Segundo o Ministério da Saúde, até agora foram distribuídas mais de 47 milhões de doses em todo o país, das quais cerca de 25,3 milhões foram já administradas.

Desse total, cerca de 19,8 milhões de pessoas - 9,4% da população do país - receberam a primeira dose e outros 5,5 milhões - 2,6% da população total - já receberam a segunda dose.

Hoje, ficou concluída a vacinação em massa de toda a população adulta - cerca de 30.000 pessoas - de Serrana, cidade localizada no interior do estado de São Paulo, com 45.000 habitantes, num projeto sem precedentes no mundo que procura analisar a capacidade da vacina Coronavac para reduzir a taxa de infeção por covid-19.

Embora os primeiros resultados do chamado "Projecto S" (Projeto Serrana) sejam conhecidos até meados de maio, a perspetiva já é positiva em Serrana, uma vez que nenhum paciente foi entubado na cidade desde há 10 dias.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou, porém, num boletim divulgado na sexta-feira, para um cenário crítico e para o agravamento na saturação do sistema de saúde dos estados do Sul e Centro-Oeste do país nas próximas semanas.

Isto porque as próximas semanas deverão refletir a situação naquelas regiões entre o final de março e início de abril, quando o Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso registaram as maiores taxas tanto de novos casos como de mortalidade por covid-19 de todo o Brasil.

Goiás e Mato Grosso do Sul também apresentaram, no mesmo período, um elevado número de óbitos.

"Esse padrão coloca as regiões Sul e Centro-Oeste como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados", refere a Fiocruz.

Quanto às taxas de ocupação do sistema de saúde, até ao dia 5 de abril, 19 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação dos hospitais superiores a 90%. Em relação a camas de cuidados intensivos, 21 estados estão com taxas de ocupação superiores a 90%.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.929.563 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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