O documento, referente ao período de 02 a 16 de março e entregue na Assembleia da República, indica que a evolução do número de infetados na Polícia de Segurança Pública corresponde "à evolução na população em geral", totalizando 2.705 profissionais (13,2% do efetivo) que estiveram ou estão infetados, apesar das medidas profiláticas adotadas, designadamente, no atendimento ao público e no uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual.

O relatório realizado pela Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, coordenada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sublinha também que, entre 02 e 16 de março, ocorreu a morte por covid-19 de um agente do comando distrital de Coimbra.

Sobre a vacinação contra a covid-19 aos elementos da PSP e GNR, o documento não precisa quantos polícias têm a vacinação completa, indicando apenas que este processo, que abrange numa primeira fase mais de 20 mil elementos das forças de segurança que estão na linha da frente e encontrando-se, por isso, mais expostos ao risco de contágio, “continuou a desenvolver-se a bom ritmo, conforme planeado”.

Num anexo da responsabilidade da PSP, o documento frisa ainda que a divisão de psicologia daquela força de segurança contactou, desde o início da pandemia, 3.981 polícias e familiares mais diretos (cônjuges e filhos menores) que estiveram infetados ou isolamento profilático para prestar apoio psicossocial.

O relatório do estado de emergência alerta também para os ajuntamentos nas zonas urbanas da região de Lisboa e Vale do Tejo, que por vezes reúnem um “elevado número de pessoas” e que têm merecido especial atenção” pelas forças de segurança.

Para tal e “como medida mitigadora”, as forças de segurança reforçaram “as ações de fiscalização e patrulha”, além de terem aumentado “o patrulhamento e monitorização da afluência às zonas balneares e respetivos acessos, bem como da prática de campismo e caravanismo irregular, de forma preventiva e pedagógica” evitar a concentração de pessoas.

De acordo com o mesmo documento do Governo, desde o início da pandemia que as polícias mantiveram “uma abordagem pedagógica, de apelo ao bom senso e ao princípio da boa fé”, tendo recorrido ao crime de desobediência em “situações pontuais em que os cidadãos se recusaram a acatar as recomendações” dos elementos das forças de segurança, em cumprimento da legislação em vigor.

A PSP sublinha que, apesar desta abordagem sensibilizadora, se verifica um aumento dos comportamentos contrárias às restrições legais impostas, tendo como consequência uma “elevação do número de processos contraordenacionais”.

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