O “combate ao coronavírus” é “algo que nos deve mobilizar e unir a todos e não dividir”, afirmou Cotrim Figueiredo no debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em Lisboa, centrado nas medidas adotadas pelo país com combate ao surto da doença.

O deputado da IL disse esperar “sinceramente que o cenário mais otimista se confirme” e que, se tal não acontecer, o executivo “pode contar” com a ajuda da Iniciativa Liberal, que “será modesta”, mas “empenhada e criativa”.

No entanto, prometeu "não esquecer a forma" como vai ser respondida esta crise, "nomeadamente os sinais que podem não ser tão positivos quanto o civismo e a serenidade que os portugueses têm demonstrado".

“Não nos esquecermos que o Estado pode estar a preferir fazer uma linha de credito de apoio à tesouraria de 100 milhões em vez de instruir os organismos do Estado a pagarem a horas, o que valeria mais do que os 100 milhões”, disse.

Assim como não esquecerá, prometeu ainda, que “já foi admitido por vários responsáveis que será possível usar as camas dos serviços de infeciologia dos hospitais privados no caso de estar em risco a saúde dos portugueses”.

“A saúde dos portugueses está em risco todos os dias quando, por cegueira ideológica, não se usam estas e outras camas para acabar com as listas de espera de cirurgia ou de consultas de especialidade”, disse ainda.

“Teremos tempo para voltar aos nossos duelos entre liberalismo e socialismo”, afirmou o deputado.

Na resposta, António Costa usou da ironia ao dizer: “Registo com agrado que não considera que o vírus é uma opção ideológica do socialismo, é da natureza.”