• Vacina da Pfizer: "Se as notícias que tivemos conhecimento forem de facto essas , se se vier a verificar que a sua eficácia, ou melhor ainda, que a sua efetividade, que é a eficácia na vida real, nas condições reais do dia a dia, for na ordem dos 90% tenho a dizer que será das melhores vacinas que teremos porque, mesmo as que utilizamos atualmente, nem todas têm essa eficácia. Esperemos que os ensaios se venham a concretizar e, já agora, Portugal também está nos mecanismos de aquisição para essa vacina. Como sabem todos, Portugal está nos mecanismos europeus para a aquisição de vários tipos de vacina, de várias marcas, e portanto esta que hoje nos anunciou estes resultados é uma daquelas que o nosso país tem previsto adquirir. Obviamente, estas aquisições são feitas no espaço europeu porque ao espaço europeu cabe um certo número de doses e a cada país cabe também um certo número de doses. Portanto, esta é uma boa notícia".
  • Viagens entre concelhos: "Cada pessoa terá de ver o seu percurso e terá de ver em relação à data em que está a prever fazer a sua viagem, qual é a rota de circulação que pode seguir ou não seguir. Isto é um momento de sacrifícios, é um momento em que temos de adaptar a nossa vida à realidade. O conselho que deixo aqui a qualquer pessoa é que se meter a caminho seja de onde for, verifique de facto quais é que aqueles conselhos através dos quais pode progredir sem estar a infringir nenhuma regra de segurança ou o que está dito na lei".

  • "O momento das refeições ou das bebidas é um momento de alto risco": "Estimamos neste momento que cerca de 68 a 70% dos casos ocorram através de convívio familiar ou de convívio social. Queria aqui, já que posso, alertar para um momento extremamente crítico dos nossos convívios familiares ou sociais que é o momento da partilha de bebida e comida, o momento das refeições e da ingestão de bebidas. É um momento de grande descontração, de grande proximidade e obviamente não estamos a usar máscara. É um momento crítico para o contágio. Se pudermos fazer as nossas refeições e conviver desta forma apenas com o nosso núcleo familiar básico, aquele que vive na nossa casa, seria o ideal. É muito bom conviver com a nossa família e com os nossos amigos, mas o momento das refeições ou das bebidas é um momento de alto risco".
  • "As pessoas não deviam tomar a iniciativa delas próprias pedirem testes": "Não há uma regra única e básica para fazer testes em massa seja numa escola, num lar, numa prisão... esse contexto de testagem massificada depende sempre da avaliação do risco, do que se passa nessa instituição e também do que se passa na comunidade. E aqui há também uma decisão muito importante que é tomada habitualmente e que deve ser tomada pela autoridade de saúde que deve ser tomada também em articulação com as escolas, lares e outros parceiros da comunidade. Em relação aos testes queria deixar aqui um apelo à população: os testes são prescritos sempre que são necessários, não tenham a mínima dúvida. Portugal testa muito e testa desde o início. Portanto, as pessoas não deviam tomar a iniciativa delas próprias pedirem testes. Deviam esperar por uma requisição médica, seja da Autoridade de Saúde, do seu médico assistente ou num hospital, por exemplo. Não é de todo aconselhável fazer-se testes seja para o que for sem ser por prescrição médica. Eu sei que é uma tentação, mas era bom que nos disciplinássemos e que nos aguardássemos uma prescrição médica".
  • Notificações de casos dos laboratórios: "A maior parte dos laboratórios tem o processo de report automatizado, completamente automatizado, e portanto, exceto se houver algum problema tecnológico, faz o report no próprio dia. Mas nem sempre é assim e vocês já se têm apercebido que às vezes há laboratórios que se atrasam, dois três ou quatro dias. O que quer dizer este atraso? Que os casos que ficaram por reportar nos dias anteriores surgem todos num único dia. Mas como depois na notificação vem de facto a data em que o teste foi feito e deu positivo, posteriormente esses casos são alocados à data do diagnóstico. Estamos a fazer um grande esforço junto de todos os laboratórios para que minimizem qualquer menor funcionalidade das suas aplicações e para que reportem atempadamente todos os casos ao dia. O ideal é sabermos na data em que são feitos".
  • Dois novos sintomas para se estar atento: "Entrou em vigor uma nova definição de caso que interessa sobretudo aos médicos, mas que às pessoas interessa recordar aqui os sintomas. Os sintomas são tosse, uma tosse que surge de novo, ou que agrava ou que foge ao padrão habitual, febre, uma temperatura corporal superior ou igual a 38º centígrados, sem outra causa atribuível, a falta de ar, a dificuldade respiratória também sem outra causa atribuível, e depois outros dois sintomas que as pessoas já sabem, mas que eu vou recordar que é a perda do olfato e do sentido do gosto ou distorção do paladar".
  • Os números de hoje:  Portugal contabiliza esta segunda-feira mais 63 mortos relacionados com a Covid-19, o maior número de casos num só dia desde o início da pandemia, e 4.096 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). Desde domingo foram internadas em enfermaria mais 129 pessoas, contando-se agora 2651 internamentos, e mais 13 em unidades de cuidados intensivos, onde estão 391 pessoas. O boletim da situação epidemiológica da DGS indica que das 63 mortes registadas nas últimas 24 horas, 33 ocorreram na região Norte, 22 na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco na região Centro, uma no Alentejo, uma no Algarve e uma na Região Autónoma da Madeira.