A informação foi avançada pelo diretor executivo Pascal Soriot, citado pela Associated Press (AP). O conglomerado tem um protocolo estabelecido com a Universidade de Oxford para desenvolver uma das vacinas mais antecipadas, que está nos últimos ensaios clínicos nos Estados Unidos da América (EUA), no Reino Unido e em outros países, para determinar a segurança e eficácia.
Assim que os resultados sejam apresentados, as diferentes entidades reguladoras terão de aprovar a vacina para utilização massiva.
“Alinhámos o ‘timing’ de entrega de frascos com o ‘timing’ de leitura dos ensaios clínicos”, explicitou Soriot, em conferência de imprensa, acrescentando que, globalmente será possível providenciar “centenas de milhões de doses da vacina” a partir de janeiro.
Vários governos e autoridades sanitárias aguardam ansiosamente pelo desenvolvimento de uma vacina como método mais eficaz para, finalmente, colocar um travão à disseminação da pandemia da doença (covid-19) provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), que já provocou a morte a mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo.
Tanto o conglomerado como a Universidade de Oxford se comprometeram a distribuir a vacina sem qualquer intenção de custo enquanto durar a pandemia. Depois de a pandemia estar controlada, a vacina continuará a ser distribuída neste molde aos países em desenvolvimento, mas os países mais desenvolvidos terão de adquirir a vacina a um custo “relativamente baixo”.
A líder da entidade responsável pela análise das vacinas no Reino Unido, Cate Bingham, explicitou que há duas vacinas candidatas — a da AstraZeneca e de Oxford e a da Pfizer em colaboração com a BioNTech — cujos dados deverão estar disponíveis para consulta em dezembro.
Os reguladores norte-americanos e britânicos estão a trabalhar a um ritmo acelerado para possibilitar uma aprovação mais célere da vacina.
“Se o conseguirmos fazer, teremos a possibilidade de a implantar no final do ano”, explicitou Bingham, durante uma audição parlamentar, na quarta-feira.
A responsável revelou que deverá haver quatro milhões de doses da vacina disponíveis para o Reino Unido até ao final de 2020, mas o Governo estima assegurar 30 milhões até setembro de 2021.
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