• Jamila Madeira, secretária de Estado adjunta e da Saúde referiu que, tendo por base pandemias passadas, "não podemos perder o foco" nem "esquecer que temos de ter as regras de higiene, distanciamento e etiqueta respiratória devidas".
  • Continua-se a investir na reserva estratégica nacional, na capacidade laboratorial do país, no alargamento dos cuidados intensivos, no reforço dos meios de saúde pública e em mais recursos humanos no SNS.
  • Tendo em vista a próxima época gripal, vai ser garantida a "maior compra de sempre contra a gripe em Portugal", num total de 2 milhões de vacinas.
  • A situação em Lisboa e Vale do Tejo "está a ser trabalhada como uma situação que não está fora do controlo" e está a ser "tratada como um foco para evitar situações dramáticas".
  • O SNS funciona em rede, por isso "permite assegurar que a capacidade de internamento em UCI", que está "muito aquém" de atingir o limite. Até ao momento, os hospitais da região de Lisboa "estão a suprir as carências quando tal se revela".
  • Sobre a situação de infeções em Torres Vedras, Jamila Madeira referiu que o foco começou com uma utente de um lar. Depois de diagnosticado esse caso, oito pessoas já testaram positivo. "Estão a ser testadas as equipas de enfermagem e os utentes que estiveram em contacto" com essa utente, para "verificar o impacto deste caso positivo".
  • Portugal tem menos casos, por isso está a fazer menos testes. Houve um grande foco de testagem no início do desconfinamento, para "rastreio massificado" da população. Portugal tem uma capacidade instalada "muito além" dos testes que está a fazer hoje.

  • Graça Freitas referiu que é necessário dirigir os testes "muito rapidamente sobre pessoas que apresentam sintomas". Essas pessoas devem ser isoladas e testadas prioritariamente.
  • Há regras para fazer testes: em primeiro lugar são testados os contactos próximos do caso que deu positivo; em determinados locais, como uma escola, um lar ou uma enfermaria, podem haver indicações para testes mais massivos.
  • Em relação às empresas, a diretora-geral da Saúde referiu que estas têm "um papel essencial no controlo da pandemia". Os responsáveis pelos estabelecimentos ou fábricas "têm um papel social grande", uma vez que devem assegurar um plano de contingência, bem como garantir que os funcionários o conhecem.
  • Sobre os bares, Graça Freitas disse que estes "têm de cumprir regras", frisando que os donos dos estabelecimentos, se conseguirem "obrigar os clientes" a cumpri-las, poderiam abrir portas. Contudo, é necessário avaliar as situações e terá de "haver um compromisso de que vão zelar para que as regras sejam cumpridas".
  • Quanto à situação no hospital prisional de Caxias, Jamila Madeira confirmou a existência de três casos de infeção em funcionários da cozinha. Estão a ser tomadas todas as medidas de rastreamento relativamente às pessoas que estiveram em contacto com estes casos.
  • A secretária de Estado adjunta e da Saúde referiu que o estudo serológico feito pelo Instituto Doutor Ricardo Jorge está em curso e, por isso, não existem ainda conclusões.
  • Graça Freitas referiu que o grupo etário onde se registam mais casos de infeção é o grupo dos 20 aos 49 anos. Quanto ao sexo, 48% dos infetados são mulheres e 52% são homens. "Não há um padrão uniforme em todo o país".
  • O surto de Lagos regista infetados de uma camada mais jovem, incluindo pelo menos 19 crianças.
  • Há surtos específicos que têm atingido lares e, por isso, fazem aumentar os valores de infeção entre os idosos.
  • Foi reforçado o apelo de se "procurar rapidamente um médico" em caso de sintomas.
  • Sobre a atividade assistencial, Jamila Madeira frisou que esta foi retomada a 3 de maio para todo o país, tendo "sofrido alguns condicionamentos "face à situação de Lisboa e Vale do Tejo". Contudo, há uma avaliação constante da situação. Toda a atividade urgente "mantém o acesso".
  • Graça Freitas referiu que, em casos de utentes de lares ou IPSS que vão a uma consulta, não é obrigatório que fiquem com "uma medida de quarentena". Todavia, "diferente é a saída para um internamento", uma vez que "estão mais dias fora", num outro contexto, e "o risco de poder contrair uma infeção" é maior, havendo indicação para voltar e ficar de quarentena.
  • É recomendado que essas pessoas fiquem 14 dias em isolamento. "Entre o vírus invadir alguém e o teste dar positivo podem dar dias", lembrou, acrescentando ainda que a pessoa pode estar assintomática. "Quando um utente vai para um hospital por mais de 24 horas tem de ficar de quarentena para evitar um surto dentro da instituição".

O boletim de hoje

Os dados da DGS indicam 1.543 mortes relacionadas com a covid-19 e 40.104 casos confirmados desde o início da pandemia.

Em comparação com os dados de terça-feira, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,2%. Já os casos de infeção subiram 0,9%.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde se tem registado o maior número de surtos, a pandemia de covid-19 atingiu os 17.527 casos confirmados, mais 302 do que na terça-feira, o que corresponde a 82% dos novos contágios.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é agora a que tem maior número de infeções (17.527) e a segunda com maior número de óbitos (449).

O Norte regista 17.339 infeções e 814 mortos, o Centro 4.042 casos confirmados e 248 óbitos, o Algarve 15 mortos e 552 pessoas infetadas e o Alentejo dois mortos e 406 pessoas com covid-19.