“A nova proposta assenta em pilares que deverão ser mantidos: primeiro, a velocidade a que a população está a ser vacinada, a política de testagem alargada, que é a única forma de garantirmos que os números que temos são reais e que os casos são detetados de forma precoce; a vigilância serológica das variantes; a monitorização dos indicadores; o cumprimento das medidas de proteção individual e a ventilação eficaz dos espaços interiores”, enfatizou.
Nesse sentido, a especialista designou estes patamares como C, B e A, sendo este o último o máximo de desconfinamento, no qual se observam apenas as medidas gerais. Estes níveis são a única alteração, já que Raquel Duarte vincou a importância da continuidade da matriz vigente, considerando que “é preciso garantir estabilidade e previsibilidade para a população”.
Ao nível das regras gerais, frisou a promoção da abertura frequente de janelas e portas, a atividade ao ar livre, se possível; o cumprimento da distância física com a identificação das pessoas por metro quadrado; a testagem alargada; a utilização obrigatória da máscara de acordo com as indicações; o desfasamento dos horários, a higienização individual e as ‘bolhas’.
Em termos de faseamento das medidas, foi sublinhada a aproximação aos níveis de mobilidade pré-pandémica e a necessidade de conciliar a recuperação da liberdade com a segurança.
“No comércio e retalho, assim como nas cerimónias fúnebres, aquilo que nós propomos é que haja a partir do nível C apenas a aplicação das medidas gerais; na área da restauração, há regras gerais que aconselhamos que sejam mantidas de forma estrita – as pessoas devem estar sentadas à mesa, deve manter-se o distanciamento entre mesas de dois metros, deve estar definido o número de pessoas por metro quadrado e a utilização obrigatória da máscara exceto no momento da refeição”, indicou.
E continuou com a revisão dos números máximos de pessoas juntas à mesa neste setor: “No nível C ainda propomos que haja um máximo de seis pessoas juntas no interior, enquanto se alarga no exterior para um máximo de 15 pessoas juntas; no nível B passamos de oito pessoas no interior para 20 no exterior; e no nível A já propomos que sejam apenas aplicadas as medidas gerais”.
Raquel Duarte defendeu ainda que na hotelaria seja proposto a partir do nível C somente as medidas gerais de proteção.
Ao nível das recomendações, Raquel Duarte acentuou, por fim, a necessidade de recuar o “caráter impositivo” das medidas, o investimento numa estratégia de comunicação de crise eficaz e a “organização concertada, organizada e controlada” de pequenos e médios eventos com a garantia do cumprimento das medidas de proteção individual.
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