O texto deve ser adotado, com eventuais modificações, pelos ministros europeus da Saúde, que se reúnem de urgência na quinta-feira em Bruxelas para discutir medidas contra a propagação do vírus Covid-19, com 35 casos identificados na UE e que já provocou mais de mil mortes na China.

“A eficácia de medidas nacionais adotadas nas fronteiras e nos pontos de entrada da UE para proteger a saúde pública (…) pode ser melhorada com o reforço da coordenação já em curso entre os Estados-membros e a Comissão”, afirma-se no documento.

Os Estados membros apelam a que se aja em conjunto, de “maneira proporcional e apropriada”, em particular para “fornecer informações e conselhos necessários às pessoas com maior risco de ter o vírus”, garantindo ao mesmo tempo a livre circulação dentro da UE.

Os Estados-membros também querem que sejam fornecidas informações em toda a UE aos viajantes internacionais, à sua chegada ou em trânsito, vindos de países já afetados, e que seja possível localizar essas pessoas.

Os países devem também “partilhar em permanência as informações sobre a evolução do vírus” através de “estruturas europeias e internacionais existentes”.

E pretendem lutar contra a desinformação, que pode, nomeadamente, levar à discriminação. A epidemia já provocou reações anti-asiáticas em vários países.

A Comissão é pelo seu lado encarregada de estudar a possibilidade de “facilitar o acesso necessário aos equipamentos de proteção individual que os Estados-membros precisem, para reduzir ao mínimo as possíveis faltas”.

Fonte europeia citada pela AFP disse que um Estado-membro ainda tem reservas sobre as conclusões, mas acrescentou que está confiante que o documento será adotado.

A reunião de ministros, que inclui a ministra saúde de Portugal, Marta Temido, e que também junta as comissárias Stella Kyriakides (Saúde), e Janez Lenarcic (Gestão de Crises), e um representante da Organização Mundial de Saúde, deve começar às 10:00 (09:00 em Lisboa).

Quase 40.000 pessoas em todo o mundo foram infetadas com o Covid-19 e 1.100 morreram, quase todas na China, país onde surgiu o novo coronavírus.