O presidente da câmara da capital russa, Sergei Sobyanin, anunciou, na quarta-feira, que as escolas primárias vão reabrir, mas com professores estagiários e recém-licenciados que vão dar algumas aulas com a “supervisão remota” de pessoal mais experiente. O objetivo da medida é proteger os professores mais velhos e os que sofrem de doenças crónicas, além de evitar um novo confinamento.

Esta é uma das medidas anunciadas na sequência de iniciativas dos serviços de saúde russos para recrutar estudantes de medicina para a luta contra a covid-19, noticia o Guardian.

No entanto, Sobyanin reiterou que as escolas secundárias vão permanecer fechadas na próxima semana, com cerca de meio milhão de estudantes a serem transferidos para o ensino à distância.

O presidente da câmara explicou que a decisão não foi "fácil”, mas era “necessária", perante o registo de cerca de cinco mil novos casos diários em Moscovo. O autacarca justificou a decisão de manter escolas primárias abertas devido ao facto de os alunos mais novos apresentarem menor risco e para evitar que os pais, que trabalham, os deixem sozinhos.

Atualmente, a Rússia é o quarto país do mundo mais afetado pela pandemia e, na quarta-feira, ultrapassou pela primeira vez os 14 mil casos de infeções diárias. Já no dia anterior, a Rússia tinha registado o maior número de mortes diárias, 244.

Segundo o vice-ministro da saúde, Oleg Gridnev, as camas hospitalares estão a 90% da capacidade, mas os meios de comunicação locais relatam que os hospitais de algumas áreas estão cheios e que os médicos têm recusado doentes com covid-19 e outros.