De acordo com a Universidade Johns Hopkins, um total de 1.06 milhões de pessoas testaram positivo à SARS-CoV-2 na segunda-feira, dia três de janeiro, naquele que é o maior número de novos caos em 24 horas até agora registado a nível mundial.

O número elevado, atribuído principalmente à prevalência da variante Omicron, mais transmissível, impressiona sozinho, mas parecerá ainda maior se for colocado ao anterior recorde atingido pelos Estados Unidos da América há quatro dias, quando 590 mil pessoas testaram positivo. Ou seja, em quatro dias o número de casos positivos detetados quase duplicou.

Os Estados Unidos também lideram o mundo no número médio diário de novas mortes, sendo responsável por uma em cada cinco mortes registadas a cada dia.

Desde o início da pandemia, os Estados Unidos já contabilizaram 56.280.742 casos de infeção e 830.349 mortes relacionadas com a covid-19.

O principal conselheiro da Casa Branca para a crise de saúde, Anthony Fauci, disse no domingo que o aumento do número de casos de covid-19 nos Estados Unidos segue uma curva “quase vertical”

O forte aumento de contágios, que se verifica sobretudo em Nova Iorque, está a levar muitas empresas a regressar ao teletrabalho, que tinham abandonado em 2021 ou esperavam fazê-lo em 2022.

A capital económica dos EUA, que foi um dos epicentros da pandemia na primeira vaga em março de 2020, regista agora níveis recorde de contágios (85 mil no sábado) e um aumento evidente das hospitalizações (9.500 hoje).

Perante esta situação, boa parte das empresas privadas ordenaram aos seus funcionários para passarem a trabalhar à distância, pelo menos durante esta primeira semana depois das festividades do final de ano.

A covid-19 provocou já 5.441.446 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

*artigo atualizado às 10h10 com informação de contexto da situação epidemiológica nos EUA