A FNAM acrescenta, em comunicado, que este tem sido um assunto de “grande preocupação” que tem acompanhado de perto e denuncia algumas carências no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A federação afirma ter conhecimento de “situações preocupantes”, como várias unidades de saúde com insuficiência de equipamentos de proteção, quer para utentes, quer para profissionais, bem como falta de salas de isolamento onde os doentes possam ser acomodados e observados com segurança.
Segundo a FNAM, a linha de apoio médico “tem um longo tempo de espera para atendimento” e “as unidades de saúde que têm um Plano de Contingência adaptado a este novo agente infeccioso são a exceção”.
Critica ainda a “ausência de enquadramento legal adequado para as situações de absentismo laboral dos contactos próximos dos casos confirmados”.
“Este é o tipo de problema para o qual a FNAM dispensa o aproveitamento político e alarme social”, afirma, reconhecendo a competência técnica da Direção-Geral de Saúde (DGS) e a sua função de Autoridade de Saúde Nacional.
“É de primordial importância reconhecer que o cumprimento dos pressupostos estabelecidos nas Orientações Técnicas da DGS tem que ser aplicado por recursos técnicos e humanos em número adequado”, afirma, sublinhando, contudo, que, “como é do conhecimento geral, os serviços de saúde funcionam no limiar da sua capacidade”.
Para os médicos, que trabalham diariamente num Serviço Nacional de Saúde “com graves carências, coloca-se a dúvida sobre a capacidade instalada para lidar com um eventual aumento extraordinário da procura de cuidados e que envolve particulares condições de segurança”, adverte a federação.
Face à exposição que os médicos têm na linha da frente no combate à epidemia, a FNAM “exige que sejam tomadas todas as medidas de segurança necessárias para proteger a saúde dos médicos, dos restantes profissionais de saúde e das suas famílias”.
A FNAM coloca os seus recursos à disposição dos doentes e profissionais de saúde.
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