Questionado pela agência Lusa, o presidente executivo (CEO) da SC Fitness confirmou a adoção desta medida de prevenção, que abrange as 37 unidades do grupo em todo o país e “visa proteger os clientes, colaboradores e parceiros, contribuindo para o esforço necessário de contenção na circulação social”.
Segundo explicou Bernardo Novo, “apesar de não existir uma orientação governamental de encerramento dos ginásios em Portugal”, a SC Fitness pretende assim “ajudar a debelar, com eficácia e sentido de urgência, a pandemia de Covid-19”.
“Desde o início desta crise que a preocupação da SC Fitness, percebendo que se tratava de uma matéria que exigia avaliação técnica, foi acompanhar as medidas propostas pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde (DGS), nomeadamente quanto à elaboração de um plano de contingência, à implementação de medidas de reforço de desinfeção e limpeza, à redução dos acessos a aulas de grupo e à monitorização de eventuais casos de infeção com Covid-19 em colaboradores e sócios – o que, felizmente, nunca aconteceu”, disse à Lusa.
De acordo com Bernardo Novo, na passada quarta-feira a empresa decidiu que fecharia os seus ginásios “caso a orientação do Ministério da Saúde e da DGS fosse no sentido do encerramento incondicional de estabelecimentos de ensino”, por considerar que “o risco potencial de propagação seria similar em ambos os casos”.
Contudo, “não se tendo verificado esse cenário e sendo reforçado pelas entidades competentes que a avaliação técnica efetuada pelo Conselho Nacional de Saúde Pública ia no sentido de encerrar apenas unidades relacionadas com casos positivos”, a SC Fitness manteve os ginásios em atividade, prosseguindo com as medidas preventivas já em curso.
Apesar de a decisão entretanto saída do Conselho de Ministros permitir a laboração dos ginásios, desde que com “limitações de frequência para assegurar a possibilidade de manter distanciamento social”, a SC Fitness diz ter optado por suspender a atividade das suas unidades para “proteger os seus utentes, colaboradores e parceiros, zelando preventivamente pelo seu bem-estar”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.
Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.
Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.
O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália.
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