Numa ronda feita hoje pela Lusa junto de vários hospitais que no início do ano viverem situações de grande pressão ao nível dos internamentos e de mortes por covid-19.
Ao final da manhã de hoje, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), que integra os hospitais S. José, Curry Cabral, D. Estefânia, Capuchos, Santa Marta e Maternidade Alfredo da Costa, tinha 29 doentes com covid-19 internados em enfermaria e nove em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), totalizando 38.
“O plano anteriormente definido mantém-se ativo. Desse modo, as enfermarias serão preparadas e ativadas conforme as necessidades”, referiu o CHULC numa resposta enviada à agência Lusa.
Há cerca de um mês (09 de maio), este centro hospitalar tinha 15 doentes internados em enfermaria e três em UCI, adianta, recordando que o dia que registou mais internamentos foi a 07 de fevereiro, com 291 doentes em enfermaria e 55 em cuidados intensivos.
No Hospital Santa Maria, estão internados 28 doentes, oito dos quais em cuidados intensivos, disse uma fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), que engloba também o Hospital Pulido Valente.
“A média de idades dos doentes é nesta altura de 55 anos quando em fevereiro era de 71 anos”, adiantou a mesma fonte, precisando que 33% dos internados têm mais de 60 anos quando em fevereiro representavam mais de 81% dos internados.
Segundo a fonte do CHULN, os doentes internados ainda não estão vacinados contra a covid-19.
Os números agora registados estão muito longe dos observados na terceira vaga da pandemia quando estavam internados, em fevereiro no Hospital Santa Maria 332 doentes em enfermaria e 66 em UCI.
Ao nível total de internados, o hospital tem agora cerca de 8% do que tinha em fevereiro. “Tem havido um aumento paulatino nas últimas duas semanas, reflexo do maior número de contágio nas Região de Lisboa, mas sem alarmismos”, sublinhou.
A mesma fonte disse ainda que o CHULN está preparado para abrir outra enfermaria assim que for necessário, mas frisou que toda a atividade do centro hospitalar não-covid se mantém.
“Nesta altura está a níveis 100% comparáveis com o período pré-pandemia e muitas vezes acima dos 100%” relativamente a cirurgias (mais de 2.100 realizadas em maio) e das consultas (mais de 65 mil no mês passado).
O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, tem hoje 22 doentes infetados pelo vírus SARS-COV-2, dos quais 15 estão internados em enfermaria, quatro em UCI e três em Unidade de Hospitalização Domiciliária.
Há duas semanas (28 de maio), o HGO tinha sete doentes internados e todos em enfermaria.
Dos 22 doentes internados por covid-19, três têm menos de 39 anos, quatro têm entre os 40 e 49 anos, 12 têm idades entre os 50 e os 69 anos e três têm entre os 70 e os 79 anos.
“O HGO dispõe de uma enfermaria de isolamento dedicada à covid-19 cuja capacidade não se encontra lotada à data de hoje”, adianta na informação enviada à Lusa.
No Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estão internados 22 doentes em enfermaria e três em cuidados intensivos, com uma média de idades de 63,5 anos.
Neste momento, o hospital tem uma enfermaria aberta com 30 camas e uma UCI com quatro camas, disse uma fonte hospitalar, referindo que em fevereiro chegou a ter 330 doentes internados em enfermaria e 42 de UCI
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), que integra os Hospitais de São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz, tem internados 11 doentes, quatro dos quais em cuidados intensivos, sendo que um deles está vacinado com uma dose da vacina contra a covid-19.
Já o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, tem hoje 15 doentes internados em enfermaria e quatro em Cuidados Intensivos.
Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais 519 casos de covid-19, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 274 contágios, e uma morte, também nesta região.
Em Portugal, já morreram 17.044 pessoas dos 855.951 casos de covid-19 confirmados.
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