“Apesar dos condicionamentos à normal atividade assistencial programada decorrentes da pandemia de covid-19”, a ULS do Nordeste garante que, na última metade de 2020, houve um aumento de primeiras consultas, de cirurgias realizadas e apenas uma quebra nas consultas subsequentes.
Segundo aquela entidade, no segundo semestre de 2020, foram realizadas 46.874 consultas nos três hospitais da região, concretamente Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros, que servem cerca de 125 mil utentes.
Deste número global, 17.173 foram primeiras consultas e 29.081 foram consultas subsequentes e menos de dez por cento foram realizadas em regime não presencial.
“Comparativamente ao segundo semestre de 2019 é possível verificar que a redução, na ordem dos três por cento relativamente ao total, afetou principalmente as consultas subsequentes, uma vez que o número de primeiras consultas realizadas foi até superior, em 9,3% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, esclarece, em comunicado.
Relativamente às cirurgias efetuadas na ULS do Nordeste, no mesmo período de 2020, “houve também um aumento, de 3,3% face ao período homólogo, sendo o total de intervenções cirúrgicas de 3.564, incluindo em ambulatório e com internamento”.
De acordo com os dados disponibilizados, “a cirurgia de ambulatório realizada representou, no segundo semestre de 2020, um acréscimo de 18,2”, também face ao mesmo período de 2019”.
A ULS do Nordeste reconhece que no momento atual, por força da pandemia, “a atividade cirúrgica programada é aquela que é alvo de maiores constrangimentos”, mas assegura que “os cuidados hospitalares continuam a prestar assistência especializada aos doentes, de acordo com a sua prioridade clínica, continuando a realizar-se quer consultas de especialidade, quer intervenções cirúrgicas previamente agendadas”.
O plano de contingência face à pandemia obrigou a alterações e, atualmente, as cirurgias programadas realizam-se apenas nos hospitais de Macedo de Cavaleiros e de Mirandela, enquanto no hospital de Bragança são feitas as cirurgias de urgência.
“Esta articulação possibilita a continuidade de cuidados, garantindo o melhor acesso aos serviços de saúde, mas também que seja feito com a necessária segurança dos utentes e dos profissionais, de acordo com as orientações da Direção Geral da Saúde para a contenção da Covid-19”, justifica.
A ULS do Nordeste salienta ainda que “a atividade programada decorre não só na salvaguarda do cumprimento escrupuloso das regras de saúde pública, como da manutenção da prontidão de resposta necessária, tendo em conta a incidência de covid-19 na sua área de abrangência”.
Na resposta à pandemia, foi reforçado os número de camas nos três hospitais e ao nível do internamento, os dados mais recentes da ULS do Nordeste davam conta de que se mantém capacidade de resposta, enquanto nos cuidados intensivos a ocupação Ada próxima do total.
O último boletim oficial dava conta de que o distrito de Bragança tem cerca de 1.600 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus de um total de mais de 8.800 registados desde o início da pandemia e 129 mortes associadas à covid-19
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