O que se procura: estrangeiros entre os 30 e 40 anos dispostos a "festejar" em Ibiza. A festa, contudo, é outra: é em nome do combate à pandemia e não aquelas que popularizaram internacionalmente esta ilha das Baleares.
De acordo com o The Guardian, as autoridades espanholas estão a trabalhar no sentido de reunir um "esquadrão" especial com "agentes" estrangeiros para que estes se infiltrem em festas que violam as medidas impostas pelas autoridades de saúde e que as reportem à polícia.
Esta solução surge quando a ilha — famosa pela vida noturna — procura combater a taxa de incidência que sobe há duas semanas, estando agora acima dos 1.800 casos por 100 mil habitantes. Com a maioria das discotecas encerradas — exceto as que podem realizar eventos ao ar livre onde os clientes estão sempre sentados — e ajuntamentos em restaurantes e bares limitados a pequenos grupos, a autarquia culpa as festas ilegais pelo pico recente nos casos.
Em Ibiza, estão em vigor uma série de restrições que vão desde a proibição de ajuntamentos em casas entre a 1h00 e as 6h00 ou até multas que podem ir até aos 600.000 euros para aqueles que organizam festas ilegais. Só que, ainda assim, estas não pararam. Promovidas nas redes sociais, atraem um misto de locais, turistas ou trabalhadores sazonais.
"[As festas] já não são apenas uma questão relacionada com a ordem pública — que sempre o foram — mas agora representam um risco óbvio para a saúde das pessoas", explicou o vice-presidente do Conselho Insular de Ibiza, Mariano Juan, ao Diário de Ibiza. "A própria polícia diz que é difícil para eles infiltrarem-se, pois são conhecidos pelos habitantes locais. Por isso, temos de procurar ajuda lá fora".
"Estamos a trabalhar nisto há duas semanas e não temos dúvida de que estará no terreno ainda no verão. É uma necessidade para salvaguardar a situação de saúde em Ibiza", reforçou Mariano Juan, embora reconheça que não será "fácil".
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