Em comunicado, a Iniciativa Liberal começa por saudar que “finalmente se tenham eliminado” algumas das restrições e “avançado no sentido da reposição de uma normalidade social e de respeito pelos direitos individuais dos portugueses”.
Por outro lado, “condena veementemente que o Governo não tenha alterado a obrigação de uso de máscara em espaços fechados, nomeadamente nas escolas”.
“As crianças e os jovens continuarão a ver o seu desenvolvimento muito prejudicado na aquisição de linguagem, na comunicação, na expressão e na socialização. É urgente proceder à recuperação da aprendizagem e dos prejuízos que a pandemia causou no desenvolvimento das crianças e jovens, pelo que esta é uma falha grave do Governo”, critica a IL.
Para a Iniciativa Liberal, “é especialmente hipócrita a exibição diária de políticos em espaços fechados sem máscara quando continua a ser imposto via poder político este sacrifício às crianças e jovens num país com altíssima taxa de vacinação e já numa fase de transição para endemia”.
Entre as medidas tomadas pelo Conselho de Ministros de hoje, os liberais assinalam o fim do pedido de certificado digital em território nacional e da exigência de testes negativos para acesso a grandes eventos, recintos desportivos, bares e discotecas.
“A Iniciativa Liberal vinha a exigir estas medidas desde agosto do ano passado, antes dos conselhos de ministros e também na audiência com o primeiro-ministro a 23 de novembro, pelo que saúda que finalmente se tenham eliminado estas restrições”, refere.
Os liberais entendem que “há muito tempo que é urgente a recuperação económica de atividades muito impactadas pelas restrições decretadas pelo poder político, como a cultura, os eventos e a restauração”.
Segundo os dados hoje apresentados pelo executivo, o índice de transmissibilidade (Rt) – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus — está agora nos 0,76 e a incidência acumulada a sete dias baixou para os 1.302,7 casos de infeção por 100 mil habitantes.
Em queda está também o número internamentos em enfermaria e em unidades de cuidados intensivos, que, de acordo com o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde, baixou para os 2.022 internados, dos quais 132 em unidades de medicina intensiva.
O número de óbitos, segundo o Governo, mantém-se ainda elevado, o que impede, para já, o levantamento total das restrições, que deve acontecer quando o país atingir os 20 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, o limiar definido pelo Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC).
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