“Creio que tudo o que for desconfinamento e possibilidade de voltarmos a respirar sem preocupação, de nos sentirmos bem, o toque de um amigo, de um familiar, voltar a conviver… Tudo isso é fundamental porque o confinamento já provocou grandes estragos em relação a muitas pessoas, que, por razões diversas, viram a sua vida andar para trás”, considerou o dirigente comunista, no final de uma visita ao Centro de Treino do Serrado, na Amora, concelho do Seixal (Setúbal).
No final desta ação de campanha autárquica da CDU e em dia de reunião no Infarmed entre epidemiologistas e os representantes órgãos de soberania e dos partidos com representação parlamentar, o secretário-geral do PCP enalteceu o papel da vacinação para chegar a este momento de considerar levantar mais restrições.
Contudo, a decisão só pode advir de “medidas sustentadas” e “há que manter normas de proteção” para evitar retrocessos, notou.
Não querendo antecipar uma opinião concreta, até se saber o mais recente diagnóstico da pandemia em Portugal, Jerónimo de Sousa considerou que a ideia de “voltar à vida normal” hoje transformou-se num “um bem precioso”.
Especialistas e políticos voltam hoje ao Infarmed, em Lisboa, para analisar a evolução da pandemia, numa altura em que Portugal está próximo de atingir a meta de 85% da população vacinada contra a covid-19.
Na reunião, que mantém o formato semi-presencial, participam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.
Como tem sido habitual, a ministra da Saúde, Marta Temido, e grande parte dos especialistas estarão presentes e, desta vez, os diferentes partidos com assento parlamentar poderão enviar um elemento à reunião. Os restantes acompanharão os trabalhos por videoconferência.
Na semana passada, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, adiantou que neste encontro será debatida a nova etapa do processo de desconfinamento, num momento em que o país está próximo de concluir o plano de vacinação que arrancou no final de 2020 e a alcançar os 85% da população vacinada.
Apesar de não ter fornecido detalhes sobre o que vai acontecer quando Portugal atingir esse patamar, Mariana Vieira da Silva advertiu, mesmo assim, que a partir de outubro, o país vai ter de continuar a conviver com algumas "medidas obrigatórias" e com recomendações da Direção Geral da Saúde.
A sessão vai contar com a participação de especialistas da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, da Autoridade Nacional do Medicamento, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
Neste encontro, será analisada a situação epidemiológica no país, a efetividade das vacinas, os cenários para o outono e inverno, entre outras questões relacionadas com a pandemia.
Na quarta-feira, em Roma, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se “feliz” por participar na reunião de hoje com “a melhor situação" relativa à pandemia "em ano e meio”.
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