“Estou preparado para tomar a vacina, assim que tivermos vacina para todos. Sigo esperando a minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar assim que puder. E, enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara, evitando aglomerações e passando muito álcool em gel”, disse Lula, citado num comunicado partilhado nas redes sociais e no ‘site’ do Partido dos Trabalhadores (PT).
Lula, de 75 anos, explicou que esteve em Havana desde 21 de dezembro, para participar no início das gravações de um documentário sobre a América Latina, produzido e dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone, onde efetuou o teste, que deu positivo.
O ex-presidente explicou que não comunicou o seu diagnóstico previamente porque “estava fora do Brasil” e para “preservar a sua família e a dos outros infetados”.
“Ao longo do acompanhamento, o ex-presidente foi diagnosticado em tomografia computadorizada com lesões pulmonares compatíveis com broncopneumonia associada à Covid19, apresentando excelente recuperação”, diz o comunicado, salientando que Lula “não necessitou de internação hospitalar”.
Além do antigo mandatário, todos os nove membros da sua comitiva, exceto uma jornalista, foram diagnosticados com o novo coronavírus e permanecem em isolamento social, sob vigilância sanitária e de acordo com os protocolos do sistema de saúde cubano.
Entre os infetados estava o escritor brasileiro Fernando Morais, que permaneceu sob cuidados hospitalares por 14 dias, por complicações pulmonares.
“Eu e toda a minha equipa somos agradecidos à dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram connosco no cuidado diário. Agradeço ao Governo de Cuba e a todos que estiveram connosco, de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais”, declarou o histórico líder do PT.
“O ex-presidente Lula volta de Cuba com uma única certeza: somente a vacinação da humanidade pode livrá-la do coronavírus. Basta a ignorância contra a vacina”, salientou o texto.
As filmagens, que levaram Lula até Cuba, foram adiadas devido à pandemia.
Ainda em Cuba, Lula decidiu cancelar todas as suas atividades e, após receber alta epidemiológica, reuniu-se apenas com o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Raul Castro, o primeiro ministro cubano, Manuel Marrero, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (212.831, em mais de 8,6 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
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