“Não devemos relaxar nos momentos da vida privada, porque muitas vezes é nas festas privadas, nos momentos familiares, que ocorrem as infeções”, considerou Macron durante uma deslocação à região de Auvergne (centro de França).
Estes momentos de relaxamento “são perfeitamente normais”, admitiu, apelando a uma responsabilização das pessoas que, adiantou, “em caso algum se devem culpabilizar”.
O pedido à vigilância ocorre numa altura em que o primeiro-ministro, Jean Castex, vai ser testado ao novo coronavírus depois de ter estado no sábado com o diretor da Volta à França Christian Prudhomme que testou hoje positivo.
Questionado sobre o assunto, o presidente francês disse que um seminário governamental previsto para quarta-feira poderá ser adiado ou acompanhado por vídeo no caso do primeiro-ministro e outros eventuais contactos.
“Fazemos o que pedimos a todos os cidadãos” se forem identificados como um caso de contacto, sublinhou Macron.
Precisou que novas medidas de luta contra o vírus serão analisadas num conselho de defesa sanitária na sexta-feira.
Em particular, será discutida a questão da “utilização diferenciada de testes”, entre por exemplo “testes nasofaríngeos” e testes de “saliva ou “antigénicos”, “muito mais simples e rápidos”, indicou o chefe de Estado francês.
Numa altura em que o número de infetados continua a aumentar, também é necessário “estudar o que fazer nas zonas onde há cada vez mais” casos, adiantou, considerando “preocupante” a nova subida do “número dos casos que chegam ao hospital numa situação de urgência”.
Mais de 4.200 novos casos de covid-19 foram registados em França em 24 horas, segundo os dados da Direção-Geral de Saúde divulgados segunda-feira, um número baixo em comparação com os dos três dias anteriores, que oscilaram entre as 7.000 e as 9.000 infeções diárias.
Ao mesmo tempo continua a aumentar a taxa de positividade nas pessoas testadas: atingiu 5,1% na segunda-feira, contra 4,9% no domingo.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro na China, já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência France Presse.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.554 mortos, mais de 350 mil casos), seguindo-se Itália (35.563 mortos, mais de 280 mil casos), França (30.726 mortos, quase 329 mil casos) e Espanha (29.516 mortos, mais de meio milhão de casos).
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