A petição foi escrita em 12 de março por Diana Franco, 37 anos, psicóloga e formadora de profissão, que, em resposta a um email da Lusa, justificou a iniciativa com a sensação de impotência, dado que foi mãe há dois anos e, entre as noites mal dormidas para tratar a filha, “a escalada dos factos” e notícias, estavam a tirar-lhe o sono.
“Senti-me impotente, porque senti que estava perante uma situação que poderia não conseguir proteger a minha filha nem os meus pais””, afirmou Diana Franco que quando escreveu o texto da petição achou que “já não ia a tempo de nada” e porque “nunca” imaginou que “iria alcançar um número considerável de assinaturas”.
Desde o sábado à noite, quando a petição ‘online’ tinha mais de 90 mil assinaturas, às 13:20 eram já 153.031 os portugueses que aderiram.
Estas pessoas pedem que “seja decretado de imediato o regime de quarentena obrigatória à população em geral, bem como o fecho de fronteiras” e, “à semelhança do que aconteceu em Macau, caso de sucesso a nível mundial, Portugal deveria adotar medidas mais drásticas para a contenção do vírus”.
A petição tem como destino a Assembleia da República, e é dirigida também ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.
O primeiro-ministro de Portugal e o de Espanha reúnem-se hoje, por teleconferência, para prepararem o encontro dos ministros da Administração Interna e da Saúde da União Europeia (UE) sobre o controlo sanitário de fronteiras.
Hoje, António Costa, em Lisboa, e Pedro Sánchez, em Madrid, vão debater "as ações coordenadas a tomar no seio da União Europeia e sobre a gestão da fronteira comum dos dois países", segundo um comunicado do gabinete do governante português, divulgado no sábado, dia em que o governo espanhol confirmou que a mulher do primeiro-ministro é um dos casos de infeção.
Esta conversa servirá para preparar uma reunião, também à distância e por teleconferência, na segunda-feira, dos ministros da Administração Interna e da Saúde da União Europeia (UE) “para definir medidas de controlo sanitário nas fronteiras internas e externas” da União.
Depois da reunião, o Governo português “atuará em conformidade com os demais Estados-membros da União Europeia, mantendo até lá as medidas já adotadas relativamente a voos provenientes da China e Itália”, para onde não há ligações aéreas, ainda segundo o comunicado do gabinete de Costa.
O novo coronavírus já matou mais 5.700 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em dezembro e já foram registados mais de 154.000 casos de infeção em pelo menos 139 países e territórios.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados para 245.
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