Desde o início da campanha europeia de vacinação, no final de dezembro, pelo menos 1,1 milhões de pessoas, cerca de 0,2% da população da UE, receberam uma dose da vacina da Pfizer-BioNTech, uma aliança norte-americana e alemã, a única até agora administrada no bloco europeu.

Uma segunda vacina, da norte-americana Moderna, foi hoje autorizada por Bruxelas.

Em comparação, os Estados Unidos administraram já a primeira dose de vacina (que é dada em duas doses) a mais de 4,84 milhões de pessoas (1,5% da população), a China a mais de 4,5 milhões de pessoas (0,3% em 31 de dezembro), Israel a 1,49 milhões (17,2%) e o Reino Unido a mais de 1,3 milhões (1,9%), sendo que todos estes países iniciaram a campanha antes da UE.

Na União Europeia, a Alemanha administrou o maior número de vacinas (367.331), à frente de Itália (260.948), Polónia (140.226), Espanha (139.339) e Dinamarca (63.312), de acordo com os últimos dados disponíveis.

Em proporção à sua população, a Dinamarca foi a que mais vacinou na UE, com 1,1% da população dinamarquesa a ter recebido já a primeira dose, muito à frente da Alemanha (0,44%), Itália (0,43%) e Eslovénia (0,43%).

Ainda assim, essas taxas são muitos distantes das apresentadas por Israel (17,2%) ou Emirados Árabes Unidos (8,4%), atualmente na liderança da matéria, que começaram a vacinar nos dias 19 e 14 de dezembro, respetivamente.

Por sua vez, quase todos os países membros da UE iniciaram a campanha entre os dias 26 e 29 de dezembro, com exceção dos Países Baixos, que só começaram hoje.

Além dos Países Baixos, outros países estão a ficar para trás. Este é particularmente o caso da França (mais de 7.000 inoculações), Áustria (8.360), Bulgária (5.448) e Irlanda (4.000), que vacinaram menos de 0,1% das respetivas populações.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.