Em reunião pública do executivo municipal, o vereador da Educação, Correia Pinto, explicou que a autarquia contratou 100 pessoas, das quais 80 já foram contactadas, para formarem equipas de higienização dos espaços educativos e equipamentos, desinfeção necessária para travar a propagação do contágio.

Além dessas, foram empregados mais 80 profissionais para acompanharem e vigiarem os alunos, sublinhou.

"Estes 180 novos profissionais, à data desempregados, vão, juntamente com aqueles que já estão nas escolas, garantir o funcionamento destas", referiu.

Esta medida implica um investimento de 400 mil euros, contou.

O vereador explicou que esta decisão surge das necessidades avançadas pelos estabelecimentos de ensino do concelho que se prendem com a falta de pessoal não docente para cumprir a estratégia de higienização traçada face à covid-19.

A Fenprof responsabilizou hoje o Ministério da Educação pela abertura do ano escolar, em regime presencial, sem alegadamente ter assegurado as condições de segurança sanitária necessárias nos estabelecimentos de ensino.

"As condições que se exigem para uma abertura das escolas não foram criadas", afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, numa sessão na Escola Básica do 1.º Ciclo Solum Sul, em Coimbra, com a presença de professores e jornalistas.

Já na segunda-feira, a Federação Nacional da Educação, a Confederação Nacional das Associações de Pais e a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas tinha já deixado um apelo para que as orientações para o ano letivo 2020/2021 sejam "claras e coerentes".

Num ano letivo que se perspetiva "atípico" devido à pandemia de covid-19, as três organizações apresentaram um documento conjunto onde expõe as suas preocupações e sugestões para o ano letivo 2020/2021.

O próximo ano letivo arranca entre 14 e 17 de setembro com a retoma das atividades presenciais.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.824 pessoas das 58.243 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.