A reabertura simbólica aconteceu no restaurante da avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa, e contou com a presença do vereador de desporto, higiene urbana e proteção civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro, e do diretor-geral da McDonald’s Portugal, Thomas Ko.
“Tivemos quebras na mesma ordem do setor da restauração, bastante negativas, acima dos 40%, dependendo muito também dos restaurantes. Houve restaurantes que fecharam totalmente, como o caso dos centros comerciais”, explicou à Lusa o diretor de comunicação e marketing da McDonald's, Sérgio Leal.
O setor da restauração foi “um dos mais fustigados pela crise e a McDonald’s não foge à regra”, embora tenha optado por manter em funcionamento os serviços McDrive e McDelivery, que “cresceram bastante”, chegando até “a duplicar as vendas” em alguns dias, mas “acaba por ser muito insuficiente para compensar tudo o resto”.
“O negócio do ‘take-away’ e do interior dos nossos restaurantes tem um peso muito grande em Portugal. Somos um país com uma cultura de estar à mesa, em convívio com família ou amigos. Acabámos, não só nós, como todo o setor da restauração, por nos ver privados do mesmo”, sublinhou Sérgio Leal.
A trabalhar com equipas reduzidas, em abril, o número de funcionários em regime de ‘lay-off’ cifrou-se nos 35%, tendo baixado para 25% em maio, números que refletem o objetivo de “poder voltar a contar com todos” os trabalhadores, o que não levou a despedimentos.
“O nosso objetivo é poder voltar a contar com todos e, por isso, não houve despedimentos. Foi algo de que nos orgulhamos, de termos demonstrado mais uma vez a nossa preocupação com as nossas pessoas. Contamos com eles para que, no futuro, consigamos todos juntos voltar aqui aos bons tempos de restauração”, frisou.
Entre as medidas implementadas nos restaurantes McDonald’s, destacam-se o distanciamento social, a colocação de gel desinfetante nas entradas e saídas dos espaços, bem como em todos os quiosques virtuais, e a preferência pelos pagamentos ‘contactless’.
O diretor de comunicação e marketing acredita que o regresso será gradual, com as pessoas a terem “algumas reservas”, mas reforçou a “segurança e conforto” que irá existir na restauração, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde e do Governo.
“O setor da restauração tem dado uma boa resposta e acreditamos que gradualmente vai conseguir recuperar. Os restaurantes que abrirem vão com certeza fazê-lo com todas as condições. No caso da McDonald’s, será com certeza um dos locais mais seguros para comer fora de casa”, afiançou.
Durante a pandemia, a McDonald’s já entregou cerca de 120 mil refeições a profissionais de saúde e a hospitais e tem auxiliado o Banco Alimentar, com mais de cinco mil litros de sopa.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 315.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.231 pessoas das 29.209 confirmadas como infetadas, e há 6.430 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
O Governo aprovou na sexta-feira novas medidas que entram hoje em vigor, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.
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