“Metro do Porto e Polícia de Segurança Pública [PSP] vão atuar juntas, por forma a garantir o escrupuloso cumprimento da Lei. Salvo motivo válido e atestado por declaração justificativa (designadamente comprovativo emitido pela entidade empregadora que demonstre a necessidade da deslocação de um município para outro), também na rede do Metro os clientes não estão autorizados a viajar entre concelhos” ou a saírem do concelho de residência, divulgou a Metro do Porto em comunicado.

A empresa alerta que, entre quinta e segunda-feira, na ponte Luiz I, entre o Porto e Vila Nova de Gaia, a travessia é “totalmente proibida, quer através do metro quer de modo pedonal e em ambos os tabuleiros da ponte [o metro circula no tabuleiro superior]”.

“Metro do Porto e PSP desenvolvem ao longo dos próximos dias uma ação conjunta de controlo de passageiros nas diversas linhas da rede e, em concreto, nas fronteiras entre os concelhos onde o Metro circula”, descreve.

De acordo com a empresa, “a intervenção fiscalizadora” vai decorrer “em todas as zonas de fronteiras intermunicipais percorridas por qualquer das seis linhas da rede e, ainda mais especialmente, na Linha Amarela (D) e no atravessamento da Ponte Luiz I”.

A empresa lembra que, “ao abrigo do Estado de Emergência atualmente em vigor, nos dias 09 a 13 de abril, estão proibidas as deslocações de qualquer cidadão para fora do seu concelho de residência”.

Metro do Porto e PSP “apelam ao bom senso, ao civismo e ao cumprimento da ordem por parte de todos os clientes”.

“O objetivo comum de todos é o de assegurar o devido recolhimento, promovendo a segurança e a saúde dos cidadãos”, avisam.

O Metro do Porto é o maior operador de transporte público da Área Metropolitana do Porto, operando uma rede de 67 quilómetros e 82 estações e servindo os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

A Metro do Porto circula atualmente com frequências de passagem “na ordem dos 30 minutos em todas as linhas”, exceto na Linha Amarela (D), onde a frequência é de “cerca de 15 minutos”.

O número de passageiros no Metro do Porto desceu cerca de 80% devido à Covid-19, passando de uma média de 270 mil clientes diários em janeiro e fevereiro para pouco mais de 50 mil, revelou a empresa à Lusa em março.

“De valores médios próximos dos 270 mil clientes diários em janeiro e fevereiro, passamos agora para valores pouco superiores a 50 mil passageiros em dia útil, no que representa um decréscimo a rondar os 80%”, informou fonte oficial.

Todas as máquinas de venda e validadores de bilhetes no Metro do Porto foram desligados devido à pandemia de Covid-19 e o carregamento e validação deixou de ser obrigatório, por tempo indeterminado.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes por covid-19, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.