“Na Região Autónoma da Madeira, acreditamos que até agora temos a situação controlada, mas não podemos facilitar”, declarou Miguel Albuquerque, na videoconferência após a reunião do Conselho do Governo.

O governante madeirense sustentou ser preciso “continuar a agir com realismo, coragem e determinação”, adotando “medidas com precaução”.

O chefe do executivo insular salientou que não se registou “um aumento de casos significativo” na região, que registava 51 infetados no domingo, de acordo com o Instituto da Administração da Saúde da Madeira (Iasaúde), o que revela que as medidas de contenção adotadas no arquipélago “foram adequadas”.

Contudo, destacou, “o vírus não está erradicado, nem é este ainda o momento de abrandar e facilitar as medidas de confinamento obrigatório decretadas”.

Por isso, vão "manter-se as medidas de confinamento obrigatório”, como “forma de evitar a propagação da pandemia na região”.

O responsável acrescentou que “no próximo sábado, 18 de abril, o Governo Regional irá fazer um novo balanço da pandemia e decidirá eventuais medidas graduais de retoma do trabalho e atividade das empresas, com todas as cautelas e precauções, de acordo com as regras de autoridade regional de Saúde”.

Miguel Albuquerque sublinhou que “qualquer medida de reabertura” relacionada com a atividade económica “será sempre gradual e sujeita ao cumprimento rigoroso das regras da autoridade de saúde”.

“Não podemos tomar decisões precipitadas que comprometam os bons resultados” alcançados na contenção da pandemia na região.

Albuquerque sustentou ser necessário “ter sempre a noção da grave ameaça" que implica a pandemia da covid-19, cujos efeitos são “devastadores” e continua a espalhar-se no mundo, Europa e Portugal, tendo provocado a morte de 100 mil pessoas.

As declarações do presidente do executivo madeirense aconteceram após a reunião extraordinária do Conselho do Governo, nas quais foram tomadas medidas em matéria de ensino, setor económico e utilização obrigatória de máscaras de proteção.

A videoconferência durou cerca de uma hora e Albuquerque esteve acompanhado pelos secretários da Saúde, Pedro Ramos, e da Educação, Jorge Carvalho.