A polícia estima que tenham participado 11 mil manifestantes na capital, Paris, e cerca de 150 mil em mais cerca de uma centena de cidades, incluindo Marselha.
Em Paris, um grupo de manifestantes, essencialmente pertencentes ao movimento anti-Governo “coletes amarelos”, envolveu-se em incidentes esporádicos com a polícia, segundo a agência noticiosa AFP.
Na rede social Twitter, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, condenou “os comportamentos violentos que visaram alguns polícias e jornalistas”, mencionando que seis pessoas foram interrogadas em Paris, onde incidentes ocorreram perto dos Champs-Élysées.
Milhares de pessoas, quase todas sem máscara, juntaram-se ainda ao som do hino francês na Praça do Trocadéro, seguindo o apelo do ex-deputado europeu da extrema-direita Florian Philippot.
As manifestações sucedem quando, de acordo com uma sondagem, a maioria dos franceses é favorável à decisão tomada em 12 de julho pelo Presidente Emmanuel Macron de tornar obrigatória, a partir de 15 de setembro, a vacinação contra a covid-19 para médicos e enfermeiros e outros profissionais que trabalham em hospitais e lares de idosos.
A extensão do uso do certificado digital covid-19 (que atesta a vacinação, a testagem negativa ou a recuperação da doença) à maioria dos locais públicos é igualmente aprovada por grande parte dos franceses, segundo a mesma sondagem, divulgada em 13 de julho.
Obrigatório em locais culturais e de lazer, este “passe sanitário” passará a ter de ser mostrado a partir de agosto para entrar em cafés, restaurantes e comboios.
O anúncio por parte do chefe de Estado francês das novas medidas levou à aceleração da vacinação: na sexta-feira, 48% da população tinha a vacinação completa e 58% tinha recebido pelo menos uma dose.
Contudo, o número de contágios aumentou significativamente devido à variante Delta, passando de 4.500, em 09 de julho, para cerca de 21.500, na sexta-feira.
A oposição às novas medidas governamentais agrega movimentos anti-máscaras, anti-vacinas e anti-confinamento.
Há uma semana, mais de 110 mil pessoas manifestaram-se em França contra a vacinação ou o “passe sanitário”.
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