Em declarações aos jornalistas a bordo do Sagres, que atracou esta manhã da Base Naval de Lisboa, em Almada, um mês e meio depois de ter sido suspensa a viagem de celebração dos 500 anos da circum-navegação de Fernão Magalhães devido à pandemia de covid-19, João Gomes Cravinho considerou que este navio “é um emblema de Portugal e esse emblema continuará a fazer parte dos nossos planos para o futuro”.

“Aquilo que podemos dizer neste momento é que a viagem continuará em outros moldes, em outro momento, mais do que isso neste momento não saberemos adiantar”, assegurou.

Sublinhando que o futuro, “neste momento, é muito incerto”, o ministro da Defesa Nacional explicou que “planos para um futuro mais longínquo precisarão de ser apurados” quando houver mais informação.

Questionado sobre a possibilidade agosto ser a data limite para o Sagres voltar a zarpar para poder participar nas nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães, em Punta Arenas, no Chile, João Gomes Cravinho foi claro a afirmar que não há “nenhuma data limite”.

“A viagem de Fernão de Magalhães levou três anos. 1519 até 1522 e, portanto, seria bom se pudermos, nesse quadro, completar a viagem, mas temos de ver agora como é que as circunstâncias no plano nacional e no plano internacional evoluem e faremos os nossos planos à medida que foram possíveis para que se possa então essa viagem”, explicou.

O navio saiu da capital portuguesa em 05 de janeiro para uma viagem à volta do mundo que teria duração de pouco mais de um ano.

Previa-se que o navio passasse por 22 portos de 19 países diferentes e que seria a Casa de Portugal durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, competição que foi adiada para 2021.

O Ministério da Defesa Nacional justificou então que a decisão de interrupção da viagem "foi tomada na sequência das medidas de segurança que os diferentes países estão a adotar para protegerem os seus portos, Portugal incluído, limitando a atracação e desembarque de tripulações e passageiros de navios", o que inviabiliza "o pleno cumprimento da missão".

O Governo considerou ainda que "a continuidade desta expedição poderia potenciar um maior risco de contágio entre os 142 elementos da guarnição, que se encontram bem de saúde".

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