“Neste momento, não temos sinais de alarme a não ser em algumas circunstâncias pontuais”, afirmou o governante aos jornalistas em Mangualde, onde visitou a fábrica da PSA.
Nos contactos que tem feito com empresários nos últimos dias, o surto de coronavírus tem motivado “alguma situação de atenção, de preocupação, mas com algumas semanas ainda de trabalho e sem razões de alarme de maior”.
Pedro Siza Vieira admitiu que “há possibilidade de alguns componentes e algumas matérias primas que vêm da Ásia serem afetadas”.
Mas, “mais do que especular”, há que “seguir com atenção a situação”, porque “é uma circunstância que escapa ao controlo das empresas portuguesas e das autoridades europeias”, acrescentou.
O governante lembrou que hoje existem “cadeias de valor espalhadas por todo o globo e, portanto, aquilo que afeta uma região do globo afeta inevitavelmente outras regiões”.
Pedro Siza Vieira disse ainda que as empresas devem ser ajudadas “a diversificar as suas fontes de fornecimento, mas estas coisas não se fazem de um momento para o outro”.
O novo coronavírus detetado no final de dezembro na China já infetou mais de 76 mil pessoas e provocou a morte a pelo menos 2.247. Há 45 casos de infeção registados em países europeus, mas Portugal ainda não teve nenhum caso confirmado.
Permanece desconhecida a origem exata do surto e os cientistas e investigadores estão também a trabalhar na criação de uma vacina e de medicamentos específicos para a nova doença.
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