De acordo com o relatório das Linhas Vermelhas da pandemia, divulgado pela Direção-Geral de Saúde em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Portugal, a covid-19 ainda apresenta "uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, mas ainda crescente nas regiões Centro e Alentejo".

O número de novos casos por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 357 casos, com tendência decrescente a nível nacional. Segunde reporta, apenas no Algarve se observa uma incidência superior ao limiar de 480 casos, com 869 casos por 100 mil habitantes.

"Em 4 de agosto de 2021, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 357 casos por 100 000 habitantes em Portugal, representando uma tendência decrescente", discrimina o relatório, assinalando o aumento da incidência na região do Alentejo, com 340 casos (mais 8% do que na semana passada).

"O Rt apresenta valores inferiores a 1, indicando uma tendência decrescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2, a nível nacional (0,92) e na maioria das regiões do continente. Nas regiões Centro e Alentejo o R(t) ainda se mantém acima de 1 mantendo-se a tendência crescente nestas duas regiões", refere ainda o relatório.

Quanto ao número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente, é indicada uma tendência estável a decrescente, correspondendo a 77% - sendo que na semana anterior foi de 82% - do valor crítico definido de 255 camas ocupadas. No entanto, o maior número de internados observa-se atualmente na região de Lisboa e Vale do Tejo (106), onde foi ultrapassado o limiar crítico regional definido - 103 camas.

O grupo etário com maior número internamentos em UCI é o dos 60 aos 79 anos, tendo-se registado, nesta última faixa, 88 novos casos na quarta-feira. "Salienta-se o aumento mantido deste grupo etário, tendo ultrapassado o número de internados no grupo etário dos 40-59 anos", lê-se no relatório.

No que diz respeito à mortalidade por covid-19, foi de 16,4 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, com tendência crescente e acima do limiar de 10,0 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC). O relatório sugere que este indicador apresenta uma tendência crescente, que se poderá manter nos próximos dias, dado o aumento do número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 observado no grupo etário acima dos 80 anos.

No grupo de pessoas com 65 ou mais anos, é apresentada uma taxa de incidência cumulativa a 14 dias de 136 casos por 100 mil habitantes, valor inferior ao limiar definido de 240 casos por 100 mil.

O grupo etário com incidência mais elevada corresponde ao grupo dos 20 aos 29 anos (791 casos por 100 mil habitantes).